Justiça torna réu o homem que tentou matar colega de faculdade em Manaus

Justiça torna réu o homem que tentou matar colega de faculdade em Manaus

Foto: Freepik

A juíza de direito Dinah Câmara Fernandes, respondendo pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, aceitou a denúncia oferecida pela promotora de justiça Márcia Cristina de Lima Oliveira, do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), no processo que tem como réu Elias Eduardo Antunes de Souza, acusado de tentativa de homicídio contra Erika Oliveira Freire. O crime ocorreu dia 17 de setembro deste ano, no interior de uma instituição de ensino particular, localizada na Avenida Constantino Nery, em Manaus.

A denúncia foi oferecida no dia 23 de setembro, e aceita pela magistrada na última segunda-feira (03/10). A promotora Márcia Cristina de Lima Oliveira denunciou Elias Eduardo Antunes pela prática do crime previsto no art. 121, parágrafo 2.°, ncio IV, combinado com o art. 14, incio II do Código Penal (tentativa de homicídio com a qualificadora de o ataque ter ocorrido à traição ou emprego de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima).

“Estando em conformidade com o art. 41 do CPP, e não havendo quaisquer das objeções previstas no artigo 395 do mencionado Codex, recebo a presente Denúncia, pois reconheço presentes indícios de autoria e materialidade a apontarem o réu como possível autor da infração, todavia com a cautela de não adentrar no mérito da matéria, não havendo causa para rejeitá-la liminarmente”, escreveu a magistrada na decisão datada do dia 3 de outubro.

Após o recebimento denúncia, a 2.ª Vara do Tribunal do Júri vai pautar a audiência de instrução e julgamento, quando serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, além do acusado. Concluída a audiência, será aberto prazo para a apresentação dos memoriais (alegações). Após isso, o processo fica concluso para a Sentença de Pronúncia ou de Impronúncia (que definem se o réu será ou não submetido a júri popular).

O crime

De acordo com o Inquérito Policial que gerou a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), no dia 17 setembro de 2022, por volta de 10h20, no Centro Universitário Fametro, localizado na Avenida Constantino Nery, Chapada, em Manaus, Elias Eduardo Antunes de Souza, fazendo uso de uma faca, cortou o pescoço de Erika Oliveira Freira e desferiu-lhe outros golpes, somente não causando a morte da vítima em razão de ela ter lutado e conseguido fugir.

Segundo a denúncia, Érika encontrou com o Elias no local de trabalho de ambos e passaram a conversar, como era de costume. Em determinado momento, Elias, sem qualquer discussão, ficou atrás da vítima e disse-lhe: “Tenho uma surpresa pra ti” e, em seguida, colocou uma faca no pescoço de Érika e a cortou. Eles travaram uma luta corporal, e a vítima também foi ferida nas mãos e chegou a cair, antes de fugir do agressor.

Processo n.º 0757406-78.2022.8.04.0001

Com informações do TJAM

Leia mais

Convênio fora do conceito de ação social não autoriza liberação de recursos em plantão judicial

O regime de plantão judicial não se presta à superação de restrições administrativas ordinárias nem à liberação excepcional de recursos públicos fora das hipóteses...

STJ: recurso que se volta apenas às provas, sem indicar revaloração jurídica, não é conhecido

Embora a defesa buscasse sustentar que havia erro na valoração jurídica da prova, o texto recursal acabou descrevendo um cenário de reexame fático, como...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Convênio fora do conceito de ação social não autoriza liberação de recursos em plantão judicial

O regime de plantão judicial não se presta à superação de restrições administrativas ordinárias nem à liberação excepcional de...

STJ: recurso que se volta apenas às provas, sem indicar revaloração jurídica, não é conhecido

Embora a defesa buscasse sustentar que havia erro na valoração jurídica da prova, o texto recursal acabou descrevendo um...

Cobrança na fatura de água por mais de uma casa em única residência gera dano moral no Amazonas

A cobrança reiterada de consumo de água por mais de uma residência inexistente configura falha na prestação de serviço...

TJSP: Reconhecimento voluntário de paternidade permite anulação quando homem foi levado a engano

A 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que o reconhecimento voluntário de...