Condenado, homem que torturou mulher e filhos tem direito de visita familiar negado

Condenado, homem que torturou mulher e filhos tem direito de visita familiar negado

Para resguardar a segurança e a integridade física de uma mulher e de seus dois filhos, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a proibição do marido, condenado pelos crimes de cárcere privado e tortura contra os seus familiares, de receber visitas das vítimas. O colegiado entendeu que a gravidade dos delitos cometidos no âmbito doméstico é recente, visto que ocorreram em 2021. O homem também foi condenado pelo porte ilegal de arma de fogo, encontrada com o réu no momento da prisão em flagrante.

Segundo os autos, uma unidade prisional no Vale do Itajaí negou que a mulher e seus dois filhos fizessem carteiras de visitantes para ver o marido condenado. Diante do posicionamento do presídio, o detento e os seus familiares pleitearam o pedido de visita ao juízo de execução penal. Inconformados com nova negativa, os envolvidos na situação recorreram ao TJSC. Alegaram que, além de ser indiscutível a importância do contato familiar para a ressocialização e reingresso social do reeducando, o preso possui uma relação conjugal com a vítima.

“Dessa feita, por certo que a não viabilização do direito de visita, por ora, é de rigor, pois, e dada a gravidade dos delitos levados a efeito pelo reeducando contra sua companheira e filha, há necessidade de resguardar a segurança e integridade física de (nome da esposa) e de ambos os infantes, até mesmo porque não se pode esquecer que os delitos se deram no âmbito doméstico. Além disso, acrescento que o cárcere privado desempenhado contra a companheira e a menor são recentes, porquanto ocorridos a contar do ano de 2021, sendo que somente cessaram com a prisão em flagrante do reeducando, que se deu em 18/02/2022, estando o apenado preso desde então”, anotou o relator em seu voto. O processo original correu em segredo de justiça.

Com informações do TJ-SC

Leia mais

O privilégio no tráfico não comporta exame por habeas corpus, fixa Justiça

A complexidade de temas que não podem ser decididos apenas com base em elementos pré-constituídos — exigindo produção de prova e valoração de fatos...

Fracionamento de ações idênticas configura abuso do direito de ação, fixa Juiz ao extinguir processo

Fracionar ações idênticas sobre uma mesma relação contratual, distribuindo pedidos repetidos de restituição e indenização moral, constitui prática temerária e ofensiva à boa-fé processual....

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Banco é condenado a pagar R$ 50 mil por discriminação de pessoa negra em porta de agência

A Caixa Econômica Federal (CEF) foi condenada a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais a um...

O privilégio no tráfico não comporta exame por habeas corpus, fixa Justiça

A complexidade de temas que não podem ser decididos apenas com base em elementos pré-constituídos — exigindo produção de...

Fracionamento de ações idênticas configura abuso do direito de ação, fixa Juiz ao extinguir processo

Fracionar ações idênticas sobre uma mesma relação contratual, distribuindo pedidos repetidos de restituição e indenização moral, constitui prática temerária...

STF tem três votos para obrigar PM a informar suspeito sobre direito

O Supremo Tribunal Federal (STF) registrou na última quinta-feira (30) três votos para determinar que a polícia deve informar...