Perfil de pessoa falecida deve ser reativado para família acessar memória digitais

Perfil de pessoa falecida deve ser reativado para família acessar memória digitais

Em decisão liminar, a 1ª Vara Cível da Comarca de Cruzeiro do Sul determinou que empresa de site de relacionamento digital reative perfil de pessoa falecida, para família acessar memória digital.

A decisão assinada pela juíza de Direito substituta, Marilene Verissimo, estabelece que a empresa enquadre a página na modalidade “perfil memorial”, no prazo de cinco dias, informando login e senha para a autora do caso, a irmã da falecida. Caso a ordem não seja cumprida a empresa será penalizada com multa diária de R$ 100, limitada a 40 dias.

A autora entrou com ação, pedindo para que a empresa não excluir permanentemente ou destruir os dados do perfil que era mantido no Instagram por sua irmã falecida. Segundo informou a reclamante a página contém memórias afetivas importantes, que a família não tem cópia e o perfil foi excluído. Ela ainda argumentou que tentou resolver a situação diretamente com a empresa, mas não conseguiu.

Para a juíza estavam presentes os requisitos para deferir a ordem em favor da família. A magistrada verificou que existia a probabilidade do direito e também o risco de dano, com a exclusão permanente das imagens da falecida, que tem valor afetivo para os parentes.

“E das alegações trazidas na inicial, extrai-se a probabilidade do direito alegado pela parte reclamante, ao menos nesta fase de cognição não exauriente, pois verifica-se que o perfil (…) não mais aparece nas pesquisas de usuários (…). Os dados e fotos compartilhados nas redes sociais podem ser dotados de valor afetivo para os familiares da pessoa falecida. (…) Está clara a probabilidade do direito de acesso e preservação das memórias afetivas presentes na rede social, pelo familiar da falecida”, escreveu a juíza.

Processo 0700745-89.2024.8.01.0002

Com informações do TJ-AC

Leia mais

Justiça Federal suspende obras de expansão de estaleiro em Manaus

A Justiça Federal determinou a suspensão imediata das obras de expansão do Estaleiro Rio Amazonas (Eram), às margens do Igarapé Tarumã-Açu, em Manaus (AM)....

STF mantém bloqueio de verba de município por dívida judicial no Amazonas

Município de Santo Antônio do Içá alegava que o bloqueio atingiu verbas essenciais, mas STF entendeu que não cabe interferência em ato administrativo do...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Decisão do CNJ anula remoção de cartório na Bahia sem concurso público

A Lei estadual 14.657/2024, que tem o objetivo de reestruturar as serventias extrajudiciais da Bahia, reduzindo o número de...

Facebook é condenado por não remover perfis falsos no Instagram e terá que indenizar empresa

A Justiça de Mato Grosso manteve a condenação do Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., responsável pelo Instagram, por...

Banco vai indenizar cliente que pagou boleto falso com aval do gerente

O banco é responsável por falha na prestação dos serviços, principalmente quando uma fraude é autorizada por profissionais da...

CNJ aprova diretrizes para identificação e condução de processos estruturais no Judiciário

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, por unanimidade, recomendação normativa voltada à padronização da identificação e condução de...