As falas de Sérgio Moro em críticas ao presidente Lula neste último domingo, divulgado nas redes sociais do Senador e ex-juiz da Lava Jato não foram bem recepcionadas pelos apoiadores de candidatos à vaga de Ricardo Lewandowski, no STF. A preocupação é que Moro tenha dado um tiro que possa ter saído pela ‘culatra’. Moro acusou Lula de estar faltando com a ‘impessoalidade’ ao manifestar sua preferência por seu advogado, que o defendeu na Lava Jato, quando Moro foi o juiz responsável pelo caso que levou Lula à prisão.
Acredita-se que as falas de Moro possam reacender no presidente Lula a memória do que acredita ter sido fruto de uma perseguição política engendrada pelo ex-juiz, em conluio com Dalton Dallagnol. Moro, ao depois, pediu exoneração do cargo, e foi ministro do ex-presidente. Dallagnol e Moro seguiram para a vida política e são opositores ferrenhos de Lula no Congresso.
Um reforço de preferência por Christiano Zanin, esse é o efeito que, na real, teria causado o ex-juiz, dizem os que não aceitaram as críticas mal posicionadas do senador Moro. Afinal, Zanin esteve com Lula e foi uma fonte jurídica que alimentou as esperanças de Lula, enquanto preso, cujo debate jurídico levou a questão ao STF, que acabou anulando a ação penal onde se evidenciou um quadro de conluio entre o ex-juiz, os procuradores da Lava Jato, e a declaração de nulidade da ação penal pelo Ministro Edson Fachin, referendado pela Corte Suprema.