Amazonas é condenado a pagar verbas de promoção a militar ainda que na inatividade

Amazonas é condenado a pagar verbas de promoção a militar ainda que na inatividade

O Desembargador Anselmo Chíxaro, do Tribunal do Amazonas, julgou improcedente o apelo do Estado que não se conformou em haver sido condenado ao pagamento de valores pecuniários decorrentes de direitos de servidora, policiar militar, que passou à inatividade, sem que a Administração Pública efetuasse o pagamento de verbas decorrentes de parcelas remuneratórias de posto mais elevado dentro da carreira militar. Assim, o Estado restou condenado ao pagamento de diferenças salariais decorrentes da promoção de Elinor Glin Cardoso Silva à patente de Major. 

A irresignação do ente estatal consistiu em levar ao Tribunal do Amazonas que, ante a situação jurídica evidenciada, ou seja, o fato de que a servidora havia se aposentado, a condenação deveria ser contra a AmazonPrev, no mínimo em obrigação parcial, porque a interessada já não mais estava na ativa. 

O litígio foi instaurado porque houve ausência de pagamento de remuneração decorrente da promoção da Autora enquanto fora servidora ativa do Estado ao cargo de Major da Polícia Militar do Estado. Para o julgado, o Estado não teria observado as normas jurídicas referentes ao pagamento de remuneração da servidora, e fixou o termo inicial dos juros a partir da data da promoção, momento em que se configurou o ilícito. 

Em fundamentação, a matéria restou concluída, sob o prisma de que a responsabilidade fora do Estado do Amazonas, uma vez que a verba remuneratória refere-se a período enquanto a servidora ainda esteve na ativa, não sendo a dívida da AmazonPrev. Manteve-se a condenação nos seu demais termos. 

Processo nº 0605323-82.2019.8.04.0001

Leia o acórdão:

Autos n.º 0605323-82.2019.8.04.0001.Classe: Apelação Cível.Relator: Desembargador Ernesto Anselmo Queiroz Chíxaro.Apelante: Estado do Amazonas. Apelado: Elinor Glim Cardoso da Silva.EMENTA:APELAÇÃO CÍVEL.DIREITO ADMINISTRATIVO.SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. ILEGITIMIDADE  PASSIVA.INOVAÇÃORECURSAL. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA.PARCELAS DECORRENTES DE TRABALHO REALIZADO DURANTE O PERÍODO DAATIVA. LEGITIMIDA DE DO ESTADO DO AMAZONAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS. TERMO INICIAL. DATA DO INADIMPLEMENTO. OBRIGAÇÃO LÍQUIDA. LITIGÂNCIA DEMÁ-FÉ.NÃO OCORRÊNCIA.EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA.FIXAÇÃO VÁLIDA. INAPLICABILIDADE DO ART. 85, § 4°, CPC. MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA.POSSIBILIDADE.RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO

Leia mais

Rede elétrica fora do padrão técnico atrai responsabilidade objetiva e leva à indenização por concessionária

A permanência de fios de alta tensão abaixo da altura regulamentar, em desrespeito a normas técnicas de segurança, caracteriza falha na prestação do serviço...

Quem usa cartão consignado por anos não pode, depois, alegar que foi vítima de engano no negócio

Quem age, por longo tempo, como se o contrato existisse — pagando valores e utilizando os serviços — não pode depois negar essa relação...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Justiça mantém condenação de homem por feminicídio e duplo homicídio dos filhos

A 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve júri realizado pela 4ª Vara...

Justiça nega indenização a ciclista por furto de bicicleta em academia

A 32ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão da 1ª Vara Cível...

Magistrado considera valores baixos e fixa R$ 15 mil por atraso em voo

Embora a Turma Recursal do Tribunal de Justiça de Roraima tenha a prática de estabelecer indenizações por danos morais...

Aluno aprovado em vestibular terá direito a exame de reclassificação, decide juiz

Como já decidido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Goiás, um aluno pode ingressar em um curso de...