Ministra Rosa Weber lamenta morte do ex-corregedor nacional de Justiça Gilson Dipp

Ministra Rosa Weber lamenta morte do ex-corregedor nacional de Justiça Gilson Dipp

A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, lamentou, na manhã desta terça-feira (29/11), o falecimento do ex-corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp. A ministra fez uma retrospectiva da trajetória profissional do magistrado na abertura da 64ª Sessão Extraordinária do Conselho.

O ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Langaro Dipp entrou para a magistratura ao ser nomeado, em 1989, para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), órgão que presidiria anos depois. Dipp tornou-se ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 1998 e, entre 2008 e 2010, foi o terceiro corregedor nacional de Justiça.

O legado à frente do órgão foi lembrado pela ministra, que homenageou o amigo e conterrâneo com quem conviveu desde os anos em que era juíza do trabalho de 1º grau e Gilson Dipp, advogado. “Estou em tristeza imensa porque acabei de ter a notícia do falecimento do meu querido amigo, ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp. É com enorme pesar que faço esse registro do falecimento do ministro nesta segunda-feira, dia 28”, afirmou a ministra.

A presidente do CNJ destacou as audiências públicas promovidas pela Corregedoria Nacional na gestão de Dipp, em 15 estados brasileiros, para ouvir a população sobre o funcionamento do Poder Judiciário. Ela ressaltou, ainda, a edição da Resolução CNJ n. 80, que, em 2009, declarou vaga a titularidade de 5.561 cartórios brasileiros e ordenou a realização de concurso público para preenchimento das vagas, processo que seria conduzido pela Corregedoria Nacional de Justiça. A norma atendeu determinação da Constituição Federal que aguardou 21 anos para ser cumprida.

“Foi aqui, nessa casa de gestão e aggiornamento (atualização) do imenso aparato jurisdicional brasileiro, que o tirocínio político de Dipp encontrou espaço para mobilizar inteligências e atitudes em direção a um Judiciário consentâneo com os reclamos de celeridade, estabilidade decisional, integridade moral e bom uso dos recursos públicos. As instituições são impessoais, mas são pessoas que fazem as instituições”, disse a ministra.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, aderiu à homenagem realizada pela presidente e afirmou que o STJ também prestará homenagem à memória do falecido ministro. “Tendo o ministro sido corregedor e a senhora tendo falado por todos nós, fica aqui o registro também da Corregedoria pelas suas palavras de conforto”, afirmou o ministro.

A conselheira Salise Sanchotene, que é desembargadora do TRF4 – mesmo tribunal de origem do ministro Dipp –, também falou sobre a importância do trabalho do ministro como corregedor nacional de Justiça. “Ele foi um grande empreendedor do Judiciário, propondo novas formas de o Judiciário se relacionar com a sociedade e marcou sua passagem pelo CNJ por essa atuação de transparência e determinação”. A conselheira também relatou a experiência de atuar junto ao ministro Dipp, em iniciativas que se consolidaram na sociedade. “Preciso prestar essa homenagem, ainda que breve, porque, a minha carreira, eu devo muito a ele, a visão que teve de me designar para atividades e funções que deram outro norte para a carreira que eu prescrevi quando ingressei na magistratura.”

Em 2014, ano em que se aposentou do STJ, Gilson Dipp gravou um depoimento sobre sua vida e carreira para o Museu do TRF4.

Com informações do CNJ

Leia mais

Falta de parecer de Promotor não anula progressão de pena, decide STJ sobre caso do Amazonas

Com base no princípio da ausência de nulidade sem demonstração de prejuízo, a Sexta Turma do STJ deu provimento ao Recurso Especial nº 2070421/AM,...

Justiça condena banco por disfarçar cartão de crédito como empréstimo consignado no Amazonas

Na ação, a autora alegou ter sido induzida em erro ao acreditar que contratava um empréstimo consignado convencional. Contudo, após constatar descontos mensais atrelados...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Comissão aprova projeto que define como infração grave atirar objetos para fora do veículo

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou proposta que altera o Código de Trânsito Brasileiro...

Falta de parecer de Promotor não anula progressão de pena, decide STJ sobre caso do Amazonas

Com base no princípio da ausência de nulidade sem demonstração de prejuízo, a Sexta Turma do STJ deu provimento...

Motorista forçado a pernoitar em baú de caminhão receberá indenização por danos morais

Um motorista pediu indenização por danos morais porque tinha de dormir na cabine do caminhão. A segunda instância acolheu...

Padeiro demitido por embriaguez tem indenização elevada por decisão judicial

 Um padeiro da rede Pão de Açúcar foi dispensado por justa causa por supostamente ter ido trabalhar embriagado. Ao...