Saiba mais sobre o teor do documento editado pelos Comandantes das Forças Armadas

Saiba mais sobre o teor do documento editado pelos Comandantes das Forças Armadas

Comandantes das Forças Armadas brasileiras redigiram e fizeram veicular na madrugada desta sexta-feira, dia 11, uma carta em que se firma posição sobre os protestos que se espalharam pelo país, inclusive frente aos quarteis, desde a derrota de Bolsonaro para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A carta foi divulgada depois de uma reunião com Bolsonaro, se informou à imprensa com o Comando das três forças.

Veja o que diz a Nota destinada às Instituições e ao povo brasileiro: “Acerca das manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do País, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história. 

A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente, e à liberdade de locomoção no território nacional. 

Nesse aspecto, ao regulamentar disposições do texto constitucional, por meio da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: ‘Não constitui crime(…) a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais’.

Assim, são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicos ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade. 

A solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do estado democrático de direito. Como forma essencial para o restabelecimento e a manutenção da paz social, cabe às autoridades da República, instituídas pelo Povo, o exercício do poder que “Dele” emana, a imediata atenção a todas as demandas legais e legítimas da população, bem como a estrita observância das atribuições e dos limites de suas competências, nos termos da Constituição Federal e da legislação. 

Da mesma forma, reiteramos a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo. Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade. 

A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social. As Forças Armadas permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa do nosso Povo. 

Assim, temos primado pela Legalidade, Legitimidade e Estabilidade, transmitindo a nossos subordinados serenidade, confiança na cadeia de comando, coesão e patriotismo. O foco continuará a ser mantido no incansável cumprimento das nobres missões de Soldados Brasileiros, tendo como pilares de nossas convicções a Fé no Brasil e em seu pacífico e admirável Povo. 

Brasília, DF, 11 de novembro de 2022.

Almirante de Esquadra, ALMIR GARNIER SANTOS –  Comandante da Marinha

General de Exército MARCO ANTÕNIO FREIRE GOMES – Comandante do Exército

Tenente Brigadeiro do Ar  CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JUNIOR– Comandante da Aeronáutica

 

 

 

 

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