Brasil perde posições em ranking mundial dos melhores sistemas de Justiça Civil

Brasil perde posições em ranking mundial dos melhores sistemas de Justiça Civil

O desempenho da Justiça Civil no Brasil caiu durante este ano, conforme aponta o ranking do World Justice Project: Rule of Law Index 2021. O país passou a ocupar a 75ª posição na classificação, entre os 139 países avaliados, caindo cinco colocações em comparação com o levantamento anterior.

Entre os medidores usados na pesquisa estão a facilidade para que a população utilize a Justiça Civil do país, a ausência de discriminação e corrupção no sistema, a celeridade dos processos e a eficiência de meios alternativos de solução de conflitos.

No medidor sobre a possibilidade e facilidade para acessar a Justiça pela população, inclusive se as pessoas conhecem como acessar a Justiça e se conseguem obter assessoria jurídica, o Brasil ficou na 41ª posição.

Quanto à existência de corrupção e interferência política, a Justiça brasileira ficou, respectivamente, na 55ª e na 57ª posição. Porém, o sistema mostra-se ainda bastante discriminatório, ficando com a 98ª colocação nesse quesito.

O pior indicador da Justiça Civil foi o relativo à eficiência e à aplicação das decisões judicias: o país aparece em 116º entre os 139 países. Também ficou muito mal colocado no quesito celeridade e ausência de atrasos injustificados: 114ª posição. Por fim, apareceu na 78ª colocação no critério de eficiência, eficácia e ausência de corrupção dos mecanismos alternativos de resolução de conflitos.

A Dinamarca é o país com a melhor Justiça Civil do mundo, seguida da Noruega (2º) e da Alemanha (3º). Em outras posições: Reino Unido (20º), França (21º), Canadá (22º), Portugal (25º), Espanha (27º), Malásia (34º), Chile (39º) e Estados Unidos (41º).

Quadro geral
O World Justice Project avalia o devido processo legal dos países com base em oito fatores: eficiência dos sistemas de Justiça Civil e Criminal, combate à corrupção, atividade regulatória, transparência governamental, ordem e segurança, limitação aos poderes governamentais e respeito aos direitos fundamentais.

Em 2021, o Brasil ficou na 77ª posição geral, enquanto em 2020 havia ficado na 74ª, indicando que o país caminha em direção a um Estado de Direito, se comparado com o resto do mundo.

O World Justice Project (WJP) é uma organização independente e multidisciplinar que trabalha para gerar conhecimento e conscientização sobre a importância do devido processo legal no mundo. O Rule of Law Index mede como o devido processo legal possui oito indicadores.

Veja o desempenho do Brasil aqui

Fonte: Conjur

 

Leia mais

Justiça em Coari: homem acusado injustamente de homicídio é inocentado

Isaac Nogueira Ferreira foi absolvido da acusação injusta de ter matado Francisco da Frota Filho no município de Coari, distante 373 quilômetros de Manaus....

TJAM convoca 120 candidatos para estágio em Direito

A Secretaria de Gestão de Pessoas divulgou o edital da 8.ª Convocação – SPED2024/02, da Seleção Pública para Estágio de Nível Superior em Direito...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Passageiro que teve mala extraviada deve ser indenizado por companhia aérea

A Justiça cearense concedeu a um passageiro que teve sua mala extraviada e os pertences perdidos, o direito de...

Motorista embriagado que provocou acidente de trânsito é condenado a 16 anos de prisão

Um homem acusado de provocar duas mortes no trânsito ao dirigir embriagado foi condenado em júri realizado na comarca...

Dino manda soltar empresário procurado pelo governo da Turquia

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (8) a soltura do empresário Mustafa Göktepe,...

Salão de beleza indenizará mulher após infecção causada por procedimento

A 26ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, em parte, decisão da 2ª...