O Corregedor-Geral da Polícia Rodoviária Federal tem assegurado, após nomeação, dois anos para exercitar o cargo, mas a regra foi quebrada com a dispensa de Wendel Benevides Matos, que, no dia de ontem foi exonerado antes do tempo previsto. Wendel teria, pelas normas vigentes, mandato a ser concluído até novembro do ano em curso. O atual diretor da PRF, Antônio Fernando Oliveira, já havia tentado, anteriormente, a deslocação de Wendel, mas o sucesso do ato ocorreu oficialmente no dia 05.04, sob o guarda-chuva do Ministro da Justiça, Flávio Dino, que comanda a corporação.
A dispensa foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, do PT. Wendell era remanescente da administração do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi colocado numa situação que causava desconforto à nova administração da instituição. Um dos motivos elencados se refere a processos administrativos contra Silvinei, o ex-diretor, que retardaram em suas aberturas.
A PRF, na administração de Silvinei, e por ocasião das eleições, especialmente no segundo turno, foi colocada sob suspeita ante a realização de blitze no transporte público de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato a presidência, tinha ampla margem de votos nas pesquisas.