Ministro Gilmar Mendes completa 21 anos de atuação no STF

Ministro Gilmar Mendes completa 21 anos de atuação no STF

Atual decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes completa 21 anos de atuação na Corte nesta terça-feira (20), com inúmeras contribuições para o Direito brasileiro e a defesa dos direitos humanos.

Nascido em Diamantino (MT), Gilmar Mendes formou-se na Universidade de Brasília (UnB), com mestrado na mesma instituição e doutorado na Universidade de Münster (Alemanha). Antes de chegar ao STF, sucedendo o ministro Néri da Silveira, foi procurador da República e advogado-geral da União. Presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2016 e 2018 e, no biênio 2008-2010, ocupou a Presidência do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Contribuições

Em discurso no Plenário em homenagem aos 20 anos do decano no Supremo, o ministro Dias Toffoli destacou suas contribuições acadêmicas, legislativas, sociais e jurisprudenciais, especialmente em relação ao controle abstrato de constitucionalidade no Brasil. Também lembrou a participação de Gilmar Mendes na construção de leis que permitiram aproximar a sociedade de temas em debate no STF, como o ingresso de entidades em julgamentos na condição de interessadas (amici curiae).

Julgamentos importantes

No STF, o ministro teve atuação de destaque em processos que envolveram matérias sobre administração pública, temas econômicos e processuais, saúde pública, atuação policial e ressocialização de egressos do regime prisional.

Mutirão carcerário

Em junho de 2021, ele convocou audiência pública para debater com especialistas e a sociedade o funcionamento do sistema prisional brasileiro. A partir dos debates, determinou a realização de mutirões nos presídios para rever a prisão de pais ou responsáveis por crianças menores de 12 anos de idade ou por pessoas com deficiência, de forma a colocar em prática decisão da Segunda Turma do STF de substituir a sua prisão preventiva pela domiciliar, desde que cumpridos os requisitos previstos no Código de Processo Penal (CPP).

Além dessa audiência, Mendes convocou outras quatro: sobre o armazenamento de perfis genéticos de condenados por crimes violentos ou hediondos, o controle de dados de usuários da internet por provedores sediados no exterior, a judicialização da saúde pública e a exigência de chamamento público antes da autorização para funcionamento de novos cursos de Medicina.

Greve no serviço público

O ministro Gilmar Mendes relatou várias ações com decisões impactantes. Uma delas foi o Mandado de Injunção (MI) 708, que, junto com outros processos semelhantes, apontaram omissão do Congresso Nacional em regulamentar o direito de greve do servidor público. O STF decidiu que, enquanto não houver lei nesse sentido, valem as regras do setor privado, previstas na Lei de Greve (Lei 7.783/1989).

Com informações do STF

Leia mais

Sem inadimplência completa, contrato de imóvel não pode ser rescindido, fixa juiz no Amazonas

Ao examinar um pedido de anulação de um contrato de compra e venda de lote, a Justiça do Amazonas decidiu que a empresa vendedora...

Plano de saúde não pode negar medicamento off-label contra câncer, decide TJAM

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas manteve a condenação imposta à Sul América Companhia de Seguros Saúde por recusar cobertura...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Sem inadimplência completa, contrato de imóvel não pode ser rescindido, fixa juiz no Amazonas

Ao examinar um pedido de anulação de um contrato de compra e venda de lote, a Justiça do Amazonas...

Plano de saúde não pode negar medicamento off-label contra câncer, decide TJAM

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas manteve a condenação imposta à Sul América Companhia de...

Fidelização com operadora não decorre de renovação automática e pode gerar danos morais, fixa Justiça

A renovação automática de cláusula de fidelização em contrato de serviços de telefonia, sem consentimento expresso do consumidor, constitui...

Alegar primazia do mérito após pagar custas fora do prazo não impede a extinção do processo

Quando a parte não paga as custas iniciais de forma completa e no prazo certo, falta um requisito básico...