MPF apura falhas de segurança na troca de bagagens com drogas no aeroporto de Guarulhos (SP)

MPF apura falhas de segurança na troca de bagagens com drogas no aeroporto de Guarulhos (SP)

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nessa terça-feira (11) inquérito civil para apurar possíveis danos causados à sociedade brasileira por falhas de segurança no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, que possibilitaram a troca de bagagens de duas cidadãs brasileiras por malas com drogas, o que culminou na prisão das duas em Frankfurt, Alemanha. O órgão ministerial solicita informações da Polícia Federal (PF), da Gol Linhas Aéreas, da Latam Airlines, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e das empresas GRU Airport e Orbital.

Entenda o caso – Segundo divulgado pela imprensa e posterior apuração da PF, as brasileiras embarcaram em um voo saído de Goiânia (GO), fizeram escala em Guarulhos e foram presas pela polícia alemã ao desembarcarem no aeroporto de Frankfurt, em 5 de março, quando foram apreendidas malas que continham cerca de 40 quilos de cocaína e estavam etiquetadas com o nome das passageiras.

Segundo a PF, as brasileiras despacharam a bagagem no aeroporto em Goiânia e só receberiam as malas de volta quando chegassem à Alemanha. Porém, quando a aeronave pousou em Guarulhos, funcionários de empresas que atuam no aeroporto aproveitaram a escala do voo para providenciar a troca das etiquetas das bagagens das passageiras para outras malas contendo drogas.

Para o MPF, tal ocorrência provoca sensação de insegurança em toda a sociedade, o que poderia comprometer a credibilidade e o desenvolvimento dos serviços aéreos no Brasil, uma vez que o esquema criminoso tem incriminado pessoas inocentes.

Para o procurador da República responsável pelo inquérito, Guilherme Göpfert, “o reforço na segurança aeroportuária é medida urgente, sob pena de impactar vários segmentos econômicos da sociedade, dado o clima de desconfiança gerado na população diante do gravíssimo fato. Eventual queda do fluxo de viajantes, receosos com a possibilidade de serem injustamente incriminados, fatalmente proporcionaria reflexos negativos em demais atividades econômicas, além de afetar a imagem do país”.

A investigação em curso, além de apurar a possível ocorrência de dano moral sofrido pela coletividade, visa à revisão dos protocolos de segurança no maior aeroporto da América do Sul, para que casos como esse não mais se repitam. “O MPF quer que todo cidadão, nacional ou estrangeiro, tenha resguardada sua segurança e não tenha medo de utilizar o transporte aéreo no Brasil”, afirma Göpfert.

 

Com informações do MPF

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