Eventuais fraudes de adversários, não comprovadas, justificariam ataques de Bolsonaro às urnas

Eventuais fraudes de adversários, não comprovadas, justificariam ataques de Bolsonaro às urnas

Informações de pessoas ligadas ao Presidente Jair Bolsonaro permitiu o vazamento de impressões pessoais do Chefe do Executivo acerca do seu real posicionamento sobre as urnas eletrônicas. De fato, Bolsonaro não acredita mesmo que as urnas eletrônicas sejam 100%  seguras, mas afasta a possibilidade de que, com facilidade, poderiam ser fraudáveis. 

Bolsonaro tem conhecimento de que as urnas eletrônicas, utilizadas pela primeira vez, em 1996, nunca foram alvo de fatos que demonstrassem sequer vestígios de adulteração da vontade do eleitor, muito pelo contrário, têm se demonstrado seguras, dando o resultado das eleições em tempo célere e recordes. 

Conquanto essa tenha sido a realidade eleitoral, desde então, quando assumiu a Presidência da República, Bolsonaro, que foi eleito dentro desse sistema de votação e apuração eletrônica, promovido pelo TSE, passou a se utilizar de um discurso de confronto com as urnas eleitorais e pregou a ideia de uma auditoria a ser realizada pelas Forças Armadas. 

O mais recente episódio de Bolsonaro contra o TSE, apregoando vulnerabilidades no sistema eleitoral, se deu com o episódio das inserções encaminhadas para as rádios, e visou colocar em xeque o trabalho do Ministro Alexandre de Moraes. O fato culminou com a ida de Bolsonaro, por determinação de Moares, ao inquérito que apura as milicias digitais contra o Estado Democrático de Direito. 

Bolsonaro receia mesmo que haja fraude nas eleições, mas pensa e age desta maneira, sem nenhuma prova. A ideia de Bolsonaro seria a de levar a Corte Eleitoral a uma preocupação maior com o combate às fraudes eleitorais, impulsionada por sua constante agressão aos trabalhos da própria Corte.

Mesmo assim, ainda que o discurso de Bolsonaro tenha perdido a força quanto ao último episódio, o TSE realiza trabalhos que procuram afastar as urnas de que qualquer tentativa de imposição de suspeita, e isso não deixa de satisfazer Bolsonaro, que teme que, de fato, haja vulnerabilidades, embora o TCU também  já tenha tomado a iniciativa de auditar urnas e tenha atestado a eficácia do sistema. 

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