Justiça do Rio ouve testemunha de madrasta acusada de envenenar enteados

Justiça do Rio ouve testemunha de madrasta acusada de envenenar enteados

A Justiça do Rio marcou para o dia 15 de maio, às 16h30min, a continuação da audiência de instrução e julgamento do processo contra Cíntia Mariano Dias Cabral, acusada de envenenar os enteados Fernanda Cabral e seu irmão Bruno, em 2022, colocando a substância conhecida como chumbinho, usada para matar ratos, cuja venda é proibida pela Vigilância Sanitária. Fernanda Cabral, de 22 anos, morreu no dia 28 de março do ano passado, após passar 13 dias internada, vítima de envenenamento na casa da madrasta. Já Bruno, de 16 anos, sobreviveu à tentativa de homicídio ocorrida dois meses depois, em maio, da mesma forma com veneno colocado na comida.

Duas testemunhas foram ouvidas nesta quarta-feira (19) pela juíza Tula Corrêa de Mello, da 3ª Vara Criminal da Capital.  O primeiro a depor foi o médico Leonardo Dias Ribeiro, que na época das investigações da morte de Fernanda Cabral era diretor do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto. Ele disse confiar totalmente no laudo da perita legista Gabriela Graça, que conclui pelo envenenamento como a causa da morte de Fernanda. “Confio, plenamente, no trabalho apresentado pela doutora Gabriela Graça, que considero a perita mais conceituada no estado do Rio de Janeiro”.

A segunda testemunha a depor foi a médica Marina Lima Silva de Carvalho, que estava de plantão e prestou os primeiros atendimentos a Fernanda. A jovem ficou internada por 13 dias, antes de morrer, no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste do Rio. A médica disse que o envenenamento foi uma das hipóteses consideradas como causa do quadro clínico da Fernanda, quando ela deu entrada no hospital.  “Não foi descartada nenhuma hipótese para o diagnóstico do quadro clínico de Fernanda, envenenamento, inclusive, mas a principal preocupação foi tentar estabilizá-la para que fosse transferida para o Centro de Tratamento Intensivo”, disse a testemunha.

Veneno de rato

Cíntia Mariano está com a prisão preventiva decretada pela Justiça desde maio do ano passado. Em julho, a madrasta foi indiciada pela polícia pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio contra os dois jovens. Bruno deu entrada no hospital no dia 15 de maio, com um quadro de tontura, babando, tremendo, com a língua enrolada. O fato aconteceu na casa de Cíntia, após o jovem almoçar um prato de feijão servido pela madrasta. A acusada morava com o pai dos jovens há cerca de seis anos.

Na audiência marcada para o dia 15 de maio serão ouvidas as últimas três testemunhas requeridas pela defesa da acusada. Em seguida, acontecerá o interrogatório da madrasta.

 

Com informações da Agência Brasil

Leia mais

Com base em reiteração delitiva, STJ mantém prisão e nega habeas corpus a acusado de furto no Amazonas

A reiteração delitiva e os registros criminais pretéritos do acusado justificam a prisão preventiva como forma de garantir a ordem pública, ainda que transcorrido...

Construtora frustra finalidade da moradia e é condenada a indenizar em R$ 20 mil no Amazonas

Quando a empreendedora cria no cliente a expectativa de que determinado imóvel atenderá a necessidades específicas — como a possibilidade de incluir um terceiro...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Montadoras credenciam carros compactos para obter IPI Zero

As montadoras brasileiras General Motors (Chevrolet), Renault, Volkswagem, Hyundai e Stellants (Fiat) enviaram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio...

MEC quer estender Pé-de-Meia a todos do ensino médio da rede pública

O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta sexta-feira (11) que quer universalizar o programa federal Pé-de-Meia a todos estudantes do...

Vítimas do desastre de Mariana começam a receber indenizações

Oadvogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o Governo Federal e a Advocacia-Geral da União (AGU) têm trabalhado incansavelmente...

Justiça mantém condenação de pastor e professora por trabalho escravo

Acolhendo parecer do Ministério Público Federal (MPF) da 5ª Região, a 7º Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª...