Ministério Público firma TAC com operadora Hapvida para corrigir falhas no atendimento ao consumidor

Ministério Público firma TAC com operadora Hapvida para corrigir falhas no atendimento ao consumidor

Acordo foi firmado após denúncias de recusas de internação, cobranças indevidas e falhas nos canais de atendimento

Representando o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), a 52ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa do Consumidor (Prodecon) firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a operadora de plano de saúde Hapvida e a unidade hospitalar Rio Solimões — também gerida pela operadora —, com o objetivo de corrigir irregularidades que comprometiam o atendimento a usuários dos serviços de saúde suplementar.

A medida decorre do Inquérito Civil nº 06.2024.00000032-4, instaurado após o recebimento de denúncias que apontavam recusa em realizar internações, cobranças indevidas e falhas nos canais de atendimento da operadora. A partir de audiência instrutória conduzida pelo promotor de Justiça Lincoln Alencar de Queiroz, representantes das empresas envolvidas assumiram compromissos formais perante o MPAM para reestruturar suas práticas.

O TAC estabelece medidas de implementação imediata e passíveis de fiscalização, como:
* Garantia de atendimento hospitalar em casos de urgência, independentemente de exigências administrativas prévias;
* Restituição dos valores cobrados indevidamente;
* Reorganização dos canais de atendimento ao consumidor com foco em acessibilidade e clareza;
* Revisão contratual e padronização de materiais informativos de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

“O Ministério Público do Amazonas atua com firmeza e diligência na defesa da saúde do consumidor, especialmente quando se trata de planos de saúde e serviços hospitalares. Nossa missão é assegurar que nenhum cidadão seja privado de atendimento digno por barreiras burocráticas ou práticas abusivas”, afirmou o promotor Lincoln Queiroz.

O acordo também determina a adoção de protocolos para transparência na comunicação com os clientes e a ampliação da qualificação das equipes de atendimento. As empresas comprometeram-se a apresentar relatórios periódicos de cumprimento das obrigações assumidas.

Em caso de descumprimento, o TAC prevê sanções legais, incluindo multas e eventual responsabilização judicial das empresas envolvidas. O MPAM seguirá monitorando o cumprimento das obrigações pactuadas para garantir que as melhorias sejam efetivamente implementadas e mantenham a proteção contínua dos consumidores.

Com informações da assessoria de comunicação do MPAM

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