Barroso pede vista e suspende julgamento que pode recalibrar foro por prerrogativa no STF

Barroso pede vista e suspende julgamento que pode recalibrar foro por prerrogativa no STF

O julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre o alcance do foro especial por prerrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, foi interrompido devido a um pedido de vista do Ministro Luís Roberto Barroso.

Até então, diversos ministros já haviam se manifestado, todos concordando que o foro especial se mantém mesmo após o término do mandato, desde que os crimes imputados tenham ocorrido durante o exercício do cargo.

Essa discussão é relevante devido a dois casos específicos em análise: o da ex-senadora Rose de Freitas, acusada de corrupção passiva, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e o do senador Zequinha Marinho, acusado de “rachadinha” quando era deputado federal.

Marinho teve seu caso enviado para a Justiça Federal após o Superior Tribunal de Justiça entender que o STF perdeu competência quando ele assumiu o cargo de vice-governador. O relator do caso, Ministro Gilmar Mendes, defende que a competência dos tribunais para julgamento de crimes funcionais persiste mesmo após o término das funções públicas.

Ele argumenta que a prerrogativa de foro deve ser aplicada de acordo com a natureza do crime, e não com critérios temporais relacionados ao mandato atual. Gilmar destaca os prejuízos causados pela interpretação atual do foro, citando o caso de Marinho, cuja ação penal tramitou por diversas instâncias ao longo de mais de uma década sem conclusão da instrução processual.

Este julgamento pode “recalibrar os contornos” do foro especial e tem ganhado relevância devido às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, que envolvem políticos com foro privilegiado.

 

 

 

Leia mais

Jovem vítima de violência policial em Parintins/AM será indenizado em R$ 50 mil

A Justiça do Amazonas determinou o pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil a um jovem de 22 anos, vítima de violência...

MP recomenda exoneração de funcionários fantasmas e apuração de nepotismo em Maraã

O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça de Maraã, expediu recomendação administrativa ao prefeito Pastor Edir (União Brasil) e...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Turma do STF tem maioria para condenar Zambelli a 10 anos de prisão

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (9) maioria de votos para condenar a deputada...

Tribunal de Justiça do Piauí lança sinal contra o assédio

Com o objetivo de promover um sinal visual de denúncia, combativo ao assédio em suas diferentes modalidades, para que...

TJ-MT anula acórdão que citava artigo do Código Civil que não existe

É nulo o acórdão que não enfrenta os argumentos juridicamente relevantes capazes de enfraquecer suas conclusões, de acordo com...

Operador de máquina é indenizado por ter polegar decepado

A 5ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região condenou uma empresa a pagar R$ 60 mil...