MPF recomenda que Youtube remova vídeos com anúncios de venda ilegal de mercúrio de sua plataforma

MPF recomenda que Youtube remova vídeos com anúncios de venda ilegal de mercúrio de sua plataforma

O Ministério Público Federal (MPF) enviou recomendação para que o Youtube, mantido pela pessoa jurídica Google Brasil Internet, remova de sua plataforma todos os vídeos relacionados a anúncios de mercúrio metálico. O MPF também pede que a plataforma cumpra seus próprios termos de uso, que proíbem expressamente a comercialização de substâncias ilícitas. Para isso, o Youtube deve adotar ferramentas tecnológicas automatizadas e empregar recursos humanos para identificar e coibir qualquer conteúdo relacionado ao comércio de mercúrio líquido.

Além disso, a plataforma deve divulgar, em até 10 dias após o recebimento do documento, o conteúdo da recomendação, com a disponibilização do link de acesso na página inicial do site Youtube e no aplicativo para dispositivos móveis. O conteúdo deve ficar disponível pelo período de 30 dias corridos.

Divulgação de venda ilegal – No documento, o MPF cita que a plataforma tem sido utilizada para divulgação de anúncios de venda ilegal de mercúrio líquido, sem qualquer autorização dos órgãos competentes. Todos os conteúdos são inseridos por usuários brasileiros, a partir de diversas regiões do país e contam com elevado número de visualizações e comentários, inclusive com referências expressas ao uso em atividades de garimpo da região norte do país.

O MPF destaca que os serviços prestados pelo Youtube têm potencial de alcançar milhões de usuários “de modo que a adesão ao serviço e a participação em massa das pessoas impedem que a plataforma permaneça completamente alheia ao conteúdo vertido em seus servidores pelos usuários”.

Dessa forma, o MPF entende que a plataforma deve adotar comportamento atento e proativo, por meio de mecanismos de controle eficazes, para identificar e coibir a disseminação de conteúdos ilícitos que possam violar os direitos fundamentais.

Projeto Rede sem Mercúrio – A recomendação é iniciativa do 19º Ofício da Procuradoria da República no Amazonas, correspondente ao 2º Ofício da Amazônia Ocidental, especializado no enfrentamento à mineração ilegal, e faz parte do Projeto Rede sem Mercúrio. A iniciativa já produziu várias recomendações e termos de ajustamento de conduta com as maiores empresas de comércio atuantes no país, tais como Mercado Livre, OLX, Facebook/Instagram e B2Brazil.

Com informações do MPF-AM

Leia mais

Caso Benício: inquérito apura três linhas de falha – prescrição, execução ou sistema hospitalar

Apesar do salvo-conduto concedido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas ter barrado a prisão preventiva da médica Juliana Brasil Santos e afastado a possibilidade...

STJ: registro de indiciamento deve ser cancelado quando as provas que o sustentam são declaradas nulas

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça fixou, por maioria, um entendimento com impacto direto na vida de investigados: se as provas que...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Caso Benício: inquérito apura três linhas de falha – prescrição, execução ou sistema hospitalar

Apesar do salvo-conduto concedido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas ter barrado a prisão preventiva da médica Juliana Brasil...

STJ: registro de indiciamento deve ser cancelado quando as provas que o sustentam são declaradas nulas

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça fixou, por maioria, um entendimento com impacto direto na vida de...

Saúde como eixo: Justiça admite desvincular saque do FGTS para custear tratamento químico

A proteção da saúde e da dignidade humana autoriza a liberação integral do FGTS, ainda que a enfermidade não...

Sob pretexto de autonomia entre unidades, plano de saúde erra ao negar atendimento ao paciente

Não é praticável, sob a lógica das relações de consumo, que operadora de plano de saúde alegue autonomia administrativa...