Júri condena homem que matou garota de programa por reclamar de agressão durante sexo

Júri condena homem que matou garota de programa por reclamar de agressão durante sexo

Em júri realizado nesta semana (15/8) na comarca de Palmitos, um homem foi condenado a 17 anos de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato de uma mulher que se negou a manter relação sexual ao ser agredida por ele. O crime ocorreu em janeiro deste ano. Ele teve negado o direito de recorrer em liberdade e seguirá preso.

O conselho de sentença admitiu as qualificadoras de motivo fútil, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. De acordo com a denúncia, na madrugada de 18 de janeiro de 2023, o réu foi até a boate onde a mulher trabalhava. Os dois saíram juntos de carro. Durante o ato sexual, o homem desferiu um tapa na mulher, que se negou a continuar a relação. Depois de discutirem, o acusado acertou um tiro no rosto dela. Depois, embarcou no veículo e atropelou a vítima, que já estava caída (Processo n. 5000152-73.2023.8.24.0046).

“O combate à violência doméstica é uma preocupação diária na comarca de Palmitos, em razão do alto número de casos que tramitam na unidade. O resultado do julgamento mostra que a comunidade local não tolera mais violência contra a mulher. Cabe, então, ao Poder Judiciário dar suporte às vítimas e garantir que os processos tramitem e sejam julgados em tempo razoável, fornecendo a resposta esperada pelos jurisdicionados”, considerou a juíza da Vara Única de Palmitos, Mariana Cassol.

Justiça pela Paz em Casa

A XXIV Semana da Justiça pela Paz em Casa é um esforço concentrado dos tribunais para dar prioridade aos processos que envolvem violência doméstica contra as mulheres. A ação ocorre três vezes por ano, sob o comando do CNJ. O objetivo é acelerar a emissão de sentenças, despachos e decisões, além de ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha. A comarca de Palmitos, aliás, já anunciou sua adesão ao movimento.

Juízas e juízes catarinenses estão engajados na ação e promovem, em parceria com a rede de apoio e a comunidade, palestras, rodas de conversas, cursos, ações informativas, entrevistas e eventos sobre violência de gênero e formas de identificá-la e preveni-la. Em 2022, em Santa Catarina, foram proferidas 5.287 sentenças ou decisões, realizados 2.211 despachos e concedidas 1.265 medidas protetivas.

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