O Governo de Lula, a iniciar na data de hoje, tem anúncio de que Fernando Haddad sofre sua primeira derrota, ainda fora de sua posse, saindo vencedora a posição da área política do PT que marcou a decisão quanto a prevalência de que a isenção de impostos federais sobre combustíveis deverá ser prorrogada para não provocar uma impopularidade do governo logo em seu nascedouro em 2023. Haddad queria a reposição desses tributos de imediato.
O prazo dessa desoneração de impostos sobre a gasolina tem média de duração prevista entre 30 e 120 dias, mas há possibilidade de ir até além desse período. A volta desse imposto, segundo a avaliação realizada, provocaria, de imediato, um desgaste que se pretende evitar a administração de Luiz Inácio Lula da Silva.
O cálculo foi o de que um aumento, especialmente no diesel, poderia alimentar a oposição ao governo entre caminhoneiros, com potencial de paralização e bloqueio nas estradas que colocaria o país em uma zona de instabilidade. Para o lado de Haddad, o problema, como iminente Ministro da Fazenda, faltando apenas a formalização, com a assinatura de Lula, sacramentando sua nomeação, é de administrar o rombo nas finanças púbicas. Calcula-se que essa desoneração custa R$ 52 milhões aos cofres federais.