Desde 1891 o Supremo Tribunal Federal, em sua composição somou três ministras mulheres, duas em exercício: a ministra Rosa Weber, que sairá em setembro e a ministra Cármen Lúcia. A primeira mulher membro do STF foi Ellen Gracie, no ano 2000. No total há uma soma de 26 ministros homens e somente 3 mulheres. O mesmo número é o de negros nessa composição, o último foi Joaquim Barbosa, que se aposentou em 2014.
Com a saída de Ricardo Lewandowski, em abril, se acendem os debates sobre o seu substituto, e cresce o número de entidades que defendem a nomeação de uma mulher negra, para dar novos contornos à essa composição e mudar a histórica tradição.
Há um movimento que se articula para uma ministra negra no STF, com movimentação crescente de diferentes setores da sociedade pela indicação inédita de uma ministra negra, especialmente após a fala do presidente Lula de que todos compreenderiam se ele nomeasse para a vaga de Lewandowski o advogado Cristiano Zanin. Entidades jurídicas já se manifestaram publicamente a favor da indicação de uma ministra negra. Ministros do governo Lula também apoiam a proposta.
No STF, o Ministro Edson Fachin, em sessão na Corte Suprema, nesta semana, ao cumprimentar as ministras Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ellen Gracie, que se encontravam presentes em homenagem ao dia internacional da mulher, expressou que ‘quem sabe em um lugar futuro a corte terá uma integrante negra’.
O Ministro Sílvio Almeida, dos direitos humanos do governo Lula, também registrou que ‘a escolha de uma mulher negra para o Supremo vai ser de importância fundamental para que a gente comece a discutir a democratização dos espaços de poder no Brasil’.