O Suprocurador Carlos Frederico Santos, da Procuradoria Geral da República, não concordou com o pedido de revogação de prisão preventiva de Anderson Torres,. Para a PGR, em manifestação encaminhada ao Ministro Moraes, o ex-ministro do Governo Bolsonaro e ex-Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, deve seguir preso, sem direito a liberdade provisória. Para a PGR, Torres tinha total ciência dos riscos das ações golpistas, em 08 de janeiro.
“Ao sair do país, mesmo ciente de que os atos ocorreriam no dia 08 de janeiro, vislumbra-se que Anderson Gustavo Torres, deliberadamente, ausentou-se do comando e coordenação das estruturas organicamente supervisionadas pela pasta que titularizava, fator que surge como preponderante para os trágicos desdobramentos dos fatos em comento”, registra o PGR.
A defesa teve seus fundamentos rejeitadas por Frederico Santos. Diversamente, Santos concluiu que há motivos que justificam a detenção e desprezou o pedido de liberdade. A entrega do passaporte e colocar-se à disposição da justiça seus sigilos bancário, fiscal e telefônico não foram suficientes para o Ministério Público. A decisão será exarada por Alexandre de Moraes, que poderá acolher ou rejeitar o parecer.