No início do julgamento da Ação Penal (AP) 2668, que envolve o chamado “Núcleo Crucial” da denúncia por tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou nesta terça-feira (2) a independência do Judiciário brasileiro e garantiu que o Supremo Tribunal Federal conduzirá um julgamento técnico e transparente.
Relator do processo, Moraes destacou que os oito réus terão assegurados o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório, assim como ocorreu nas mais de 1.600 ações penais decorrentes dos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o ministro, caberá ao STF analisar as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República com base nas provas colhidas.
“Existindo provas, acima de qualquer dúvida razoável, as ações penais serão julgadas procedentes, e os réus condenados. Havendo prova da inocência ou mesmo qualquer dúvida razoável sobre a culpabilidade, eles serão absolvidos. Assim se faz a justiça”, afirmou.
O relator também frisou que a Corte julgará com imparcialidade, ignorando pressões internas ou externas, e que nenhuma outra corte do mundo dá tanta publicidade e transparência a seus julgamentos quanto o STF.
Pacificação e instituições
Moraes ainda defendeu que a pacificação do país depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições. Para ele, o atual momento da história brasileira só é possível graças à solidez institucional estabelecida pela Carta de 1988.
“O Supremo Tribunal Federal sempre será absolutamente inflexível na defesa da soberania nacional e em seu compromisso com a democracia, os direitos fundamentais, o Estado de Direito, a independência do Poder Judiciário nacional e os princípios constitucionais brasileiros”, concluiu.
Moraes abre julgamento de ação penal sobre tentativa de golpe reafirmando independência do STF
Moraes abre julgamento de ação penal sobre tentativa de golpe reafirmando independência do STF
