Caso Bruno e Dom: Acusado de ser mandante dos assassinatos se torna réu

Caso Bruno e Dom: Acusado de ser mandante dos assassinatos se torna réu

A Justiça Federal do Amazonas aceitou, nessa segunda-feira (21), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu Ruben Dario Villar, o Colômbia, acusado de ser o mandante dos crimes que levaram à morte o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, que estava em missão na região do Vale do Javari, extremo oeste do Amazonas. A denúncia do MPF foi entregue à Justiça no último dia 5 de junho, data em que o caso completou três anos.

A denúncia foi apresentada pelo procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal, com auxílio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ) ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita.

De acordo o MPF, Colômbia, por meio das ações de Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, que agiam sob o comando do denunciado, matou, por motivo torpe, mediante emboscada e com recurso que dificultou a defesa dos ofendidos, o indigenista Bruno da Cunha Pereira e o jornalista britânico Dominic Mark Phillips, este último para assegurar a ocultação e a impunidade do crime anterior.

Segundo as investigações, Colômbia era líder de uma organização criminosa que operava de forma estruturada e hierarquizada, visando a obtenção de lucro por meio da pesca e da caça ilegais na Terra Indígena Vale do Javari. O acusado fornecia os recursos materiais, como embarcações, armamento e combustível, necessários à pesca e à caça ilegais e, posteriormente, garantia a aquisição dos produtos ilícitos que eram por ele revendidos em território peruano e colombiano.

Também nesta segunda-feira, a Justiça Federal levantou o sigilo dos autos, atendendo ao pedido feito pelo MPF, a fim de que as informações estejam disponíveis para a população.

Executores – Em relação ao processo dos executores, o MPF solicitou, na última sexta-feira (18), o desaforamento, que é a transferência do julgamento em plenário do Júri, para outra localidade. O MPF quer que o plenário do Júri dos executores seja realizado em Manaus.

Processos:
1000481-09.2022.4.01.3201 – executores (desaforamento)
1000199-34.2023.4.01.3201 – mandante (sigilo levantado)

Fonte: MPF-AM

Leia mais

TJAM investiga magistrado e servidores por paralisação injustificada de recurso

A Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas determinou a abertura de sindicância para apurar eventual responsabilidade funcional de um magistrado e quatro servidores pela paralisação...

Fachin nega HC e valida reconhecimento fotográfico em processo da chacina do Compaj

Decisão do Ministro Edson Fachin, do STF, inadmitiu o pedido no recurso ordinário em habeas corpus requerido pela defesa de Marcelo Frederico Laborda Júnior,...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Justiça do Trabalho condena farmácia por racismo contra funcionária

A Justiça do Trabalho condenou a rede de farmácias Drogasil ao pagamento de uma indenização por danos morais a...

Mauro Cid pede ao STF extinção da pena e devolução de passaporte

A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pediu nesta sexta-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal...

Bolsonaro pode ficar inelegível até 2060 após condenação

  O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ficar inelegível até 2060 em função da condenação na ação penal da trama golpista. Por...

STF valida aplicação da taxa Selic na correção de dívidas civis

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta sexta-feira (12/9), para confirmar a utilização da taxa Selic...