PP e União Brasil lançam superfederação com promessas de disputar o Planalto em 2026

PP e União Brasil lançam superfederação com promessas de disputar o Planalto em 2026

Mesmo com quatro ministérios no governo Lula (PT), os partidos PP e União Brasil oficializaram nesta terça-feira (29) a criação de uma superfederação chamada “União Progressista”. O novo grupo político nasce com discurso de oposição ao governo, críticas à economia e à corrupção, e a promessa de apresentar um projeto alternativo para o país.

No manifesto divulgado no lançamento, a superfederação defende um “choque de prosperidade”, com redução do tamanho do Estado, responsabilidade fiscal e mais espaço para a iniciativa privada. Embora o presidente Lula não tenha sido citado diretamente, as críticas ao atual governo foram claras durante o evento, realizado na Câmara dos Deputados.

“Não podemos continuar com escândalos de corrupção todos os dias, nem com a economia parada”, disse a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra do governo Bolsonaro. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também teve destaque no evento e recebeu apoio para disputar a Presidência da República, caso alcance ao menos 10% das intenções de voto até março de 2026.

Apesar das críticas, os dois partidos seguem com cargos no governo. O União Brasil comanda os Ministérios do Turismo, Comunicações e Integração e Desenvolvimento Regional. Já o PP tem o Ministério do Esporte e a presidência da Caixa Econômica Federal. Nenhum representante do governo ou do PT participou do lançamento da superfederação.

Com 109 deputados federais e 14 senadores, a nova união partidária será a maior força política do Congresso, com mais verba dos fundos partidário e eleitoral, além de mais tempo de propaganda na TV e no rádio. Ainda assim, a federação nasce com conflitos internos. Não há consenso sobre quem será o presidente: o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e o atual dirigente do União Brasil, Antonio Rueda, disputam o posto. Sem acordo, foi decidido que os presidentes dos dois partidos dividirão a gestão nesse início.

Além disso, há divergências regionais que devem ser discutidas ao longo de 2025. Em alguns estados, como Bahia, os partidos têm alianças opostas. Para evitar brigas internas, a federação deverá permitir apoios diferentes nas eleições para deputado, e as disputas locais serão resolvidas com base em qual projeto tiver mais chance de vitória.

O novo bloco político já sinaliza que pretende disputar a Presidência da República em 2026 e se apresentar como alternativa ao PT e ao PL. A federação ainda precisa ser aprovada formalmente pelas direções nacionais dos dois partidos.

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