Mineradora é autorizada a usar passagem em propriedade particular

Mineradora é autorizada a usar passagem em propriedade particular

A servidão de passagem minerária do Código Minerário deve prevalecer sobre regramento do Direito Civil, especialmente, em casos em que o local não se encontra em área de preservação permanente e que o fechamento da passagem pode acarretar em prejuízo para a empresa mineradora.

Com esse entendimento, a desembargadora Maria Beatriz Dantas Braga, do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu tutela provisória a uma mineradora que pedia o cumprimento, em regime de plantão, de decisão de primeiro grau que estabelecesse o acesso a uma passagem que dá em uma jazida de extração mineral, localizada em uma propriedade particular de terceiros.

Os donos da propriedade particular, onde se situa a passagem, contestaram na Justiça a pretensão da mineradora, para tentar coibir o uso da rota de acesso mais ergonômico à jazida. Em primeira instância, o juiz decidiu que o caminho ficasse livre para utilização até o final do julgamento da lide, mas a decisão não foi cumprida.

Insatisfeita com o resultado, a mineradora buscou obter, no TJ-SP, uma liminar que assegurasse que a tutela provisória concedida na ocasião durante o recesso judiciário fosse respeitada.

A decisão da magistrada reconheceu que a passagem não está inserida em área de preservação permanente e que há perigo de dano irreparável à empresa, considerando que a paralisação das atividades de extração poderia acarretar significativos prejuízos financeiros.

Assim, a sentença determina a manutenção da passagem até que se confirme se há outro meio de acesso à jazida.

Processo 2000570-15.2024.8.26.0000

Com informações da Agência Brasil

Leia mais

Dificuldades de prova de trabalho rural não dispensam critérios mínimos para exame de pedidos previdenciários

A escassez de documentos formais sobre o trabalho rural na região do Amazonas não afasta a necessidade de observância de critérios mínimos de prova...

Banco que não exibe contrato não pode exigir do consumidor prova de que não negociou

É impossível à parte autora produzir prova negativa — consistente em demonstrar que não contratou o cartão de crédito nem autorizou o desconto questionado....

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Dificuldades de prova de trabalho rural não dispensam critérios mínimos para exame de pedidos previdenciários

A escassez de documentos formais sobre o trabalho rural na região do Amazonas não afasta a necessidade de observância...

Banco que não exibe contrato não pode exigir do consumidor prova de que não negociou

É impossível à parte autora produzir prova negativa — consistente em demonstrar que não contratou o cartão de crédito...

Exclusão indevida na fase admissional ao cargo implica nomeação e indenização ao candidato ofendido

A exclusão injustificada de candidato regularmente aprovado em concurso público implica a nulidade do ato administrativo e enseja indenização...

Justiça condena banco por cobrança de taxa de juros quase seis vezes acima da média no Amazonas

A Justiça do Amazonas reconheceu a abusividade de juros muito superior a médida mensal do ano cobrados em contrato...