AGU defende no STF lei que ampliou acesso a canais locais em TVs por assinatura

AGU defende no STF lei que ampliou acesso a canais locais em TVs por assinatura

A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu perante o Supremo Tribunal Federal (STF) a lei que ampliou a obrigação das TVs por assinatura com transmissão a cabo de incluírem gratuitamente emissoras locais de TV aberta em seus pacotes de distribuição aos assinantes de todo o país. A regra vale para canais locais que integrem redes de caráter nacional, ou seja, com presença em todas as regiões do país e com alcance mínimo de um terço da população brasileira.

A manifestação foi feita por meio de sustentação oral realizada pela secretária-geral de Contencioso da AGU, Isadora Cartaxo, na sessão de julgamento desta quinta-feira (14/12).

“A norma visa a expandir o acesso a conteúdos de radiodifusão digital e, ainda, expandir o acesso à informação e à cultura, inclusive aos conteúdos regionais”, afirmou Cartaxo. “Ou seja, a norma proporciona que o conteúdo local seja divulgado a mais pessoas, numa área maior”, assinalou.

“Se considerarmos o desligamento da TV analógica, processo que está em curso, se tornou fundamental utilizar a legislação para que os avanços tecnológicos não implicassem em perda de acesso ao conteúdo local pelos consumidores, em especial os consumidores nas regiões mais remotas do país”, acrescentou.

O STF iniciou nesta quinta-feira o julgamento de duas ações de inconstitucionalidade (ADIs nº 6921 e nº 6931) contra as alterações promovidas pela Lei 14.173/2021 nas regras sobre o chamado dever de carregamento obrigatório das TVs por assinatura, regulamentado pela Lei 12.485/2011.

A regra

O dever de carregamento é a obrigação das TVs por assinatura de incluir gratuitamente em seus pacotes de distribuição aos assinantes determinados canais de programação. A alteração legislativa foi feita por meio de emenda à Medida Provisória nº 1.018/2020, que foi aprovada pelo Congresso Nacional.

A lei questionada no Supremo ampliou para as TVs por assinatura a cabo uma regra que já existia para as TVs por assinatura com transmissão por satélite. Essa regra inclui na oferta gratuita aos assinantes o sinal de emissoras locais que participem de rede de televisão com caráter nacional, ou seja, com presença em todas as regiões do país e com alcance mínimo de um terço da população brasileira. Anteriormente, as TVs a cabo estavam obrigadas a ofertar canais locais gratuitamente apenas na área de abrangência desses canais.

“A norma atende, sim, ao interesse público no serviço de radiodifusão e garante tratamento isonômico entre as retransmissoras ao equiparar as obrigações de carregamento para TV por assinatura com tecnologia a cabo ou via satélite”, completou Isadora Cartaxo em seu pronunciamento no STF.

O julgamento foi suspenso após o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que votou pela rejeição das ações e manutenção da vigência da lei.

Com informações da AGU

Leia mais

Justiça do AM anula cassação de aposentadoria fundada em motivo inexistente; Estado deve indenizar

A 1ª Vara da Fazenda Pública de Manaus condenou o Estado do Amazonas a pagar indenização por danos morais e proventos retroativos a um...

Erro que sustentou denúncia por 17 anos obriga Estado a indenizar réu absolvido no Amazonas

Uma acusação instaurada por erro reconhecido pela própria Polícia Federal em 2006 sustentou por 17 anos um processo penal que terminou em absolvição por...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Justiça do AM anula cassação de aposentadoria fundada em motivo inexistente; Estado deve indenizar

A 1ª Vara da Fazenda Pública de Manaus condenou o Estado do Amazonas a pagar indenização por danos morais...

Erro que sustentou denúncia por 17 anos obriga Estado a indenizar réu absolvido no Amazonas

Uma acusação instaurada por erro reconhecido pela própria Polícia Federal em 2006 sustentou por 17 anos um processo penal...

Honda comprova contratação do seguro prestamista; Turma Recursal reforma sentença e afasta danos

Colegiado conclui que contratação do seguro estava prevista no contrato de consórcio e afasta entendimento de venda casada reconhecido...

Correntista que sofre danos por transferência voluntária a terceiros responde pelo mau uso da conta

A responsabilidade das instituições financeiras não se estende às operações realizadas pelo próprio correntista, quando ausente vício ou falha...