
O Superior Tribunal de Justiça atendeu a uma representação da PF e afastou Paulo Dantas, do cargo de Governador de Alagoas, como consequência de uma operação realizada pela Polícia Federal naquele Estado. As investigações revolveram a fatos em que Dantas era deputado estadual e que se desdobraram após ter tomado posse como chefe do Executivo estadual. Foi relatora da decisão a Ministra Laurita Vaz.
A operação cumpriu 31 mandados de busca e apreensão, onde se indicavam os lugares vistoriados, dentre eles a Assembleia Legislativa e a sedo do governo estadual. Pairam entre várias suspeitas o fato de que Dantas praticava o uso de funcionários fantasmas em seu gabinete.
Além do afastamento do Governador e das buscas, a Ministra Laurita Vaz determinou o sequestro de bens e valores que, estimados, alcançam uma cifra de R$ 54 milhões de reais, ai se inserindo dezenas de imóveis que pertencem aos alvos da operação. A ação foi batizada de operação Edema, consistente na repressão à prática sistemática de desvios de recursos públicos que corre desde o ano de 2019 naquela Unidade de Federação.
Segundo as investigações, grande parte do dinheiro desviado foi utilizada para pagamentos de despesas pessoais, pagamento de advogados, transferências a familiares e compra de bens, alvos das medidas cautelares.