Simonetti entrega carteira de advogado a Ricardo Lewandowski

Simonetti entrega carteira de advogado a Ricardo Lewandowski

O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, entregou, nesta quarta-feira (12/4), a carteira profissional da entidade ao ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. Ele recebeu o documento suplementar da seccional do Distrito Federal e a reativação da inscrição por São Paulo. Lewandowski vai manter o mesmo número do registro inicial, de antes de ingressar na magistratura, em 1990.

“Eu retorno à advocacia tal como entrei: sempre pronto a defender valores e princípios, especialmente o valor maior da Constituição, que é a dignidade da pessoa humana, justamente aquilo que os advogados defendem com muito denodo, os direitos fundamentais. Trouxe essa herança da advocacia, busquei preservá-la como magistrado. Volto para defender esses mesmos princípios e valores”, destacou Lewandowski.

Simonetti afirmou que a OAB sempre foi e será a casa dele e deu as boas-vindas ao “advogado Ricardo Lewandowski”. E Lewandowski confirmou o sentimento. “Eu me sinto como se estivesse retornando à minha casa. E eu me sinto muito reconfortado, muito honrado de poder voltar agora para a minha casa que eu jamais deixei.”

Coube a Marcus Vinícius Furtado Coêlho, presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais, colegiado de que Lewandowski fará parte, dar as boas-vindas formais ao ministro. Ele lembrou momentos importantes da trajetória dele como ministro da Corte Suprema.

“A advocacia é devedora da jurisdição do ministro Lewandowski. São inúmeros os feitos protagonizados por ele. Me refiro às audiências de custódia, que são uma conquista civilizatória, apoiada pela OAB. O então presidente do CNJ, Lewandowski, dispensando a legislação e aplicando convenções internacionais, determinou a realização das audiências. Foi um avanço para evitarmos abusos, cerceamento da liberdade. A OAB recebe o ministro com a crença de que esse trabalho de estadista realizado por ele no Supremo será exercido agora na nossa Ordem”, disse Coêlho.

Lewandowski esteve no Supremo por 17 anos e em 2006 foi nomeado para a cadeira deixada por Carlos Velloso. Antes, chegou a ter atuação associativa e foi conselheiro seccional da OAB-SP entre 1989 e 1990. Ele ingressou na magistratura pelo quinto constitucional no Tribunal de Alçada Criminal (1990) – que funcionava como órgão de segunda instância na Justiça estadual, em paralelo aos tribunais de Justiça, e não existe mais. Sua promoção a desembargador foi por merecimento.

Paridade de gênero

O ministro aposentado também elogiou a paridade de gênero da entidade que agora volta a integrar. “Nós lutamos muito no TSE para que a mulher pudesse ter destaque na área política. Agora nós vamos incorporar a luta pelas mulheres aqui na OAB. A luta é bastante ampla. E fico muito satisfeito que aqui na OAB a gestão é paritária. É muito democrático”, pontuou.

Na ocasião, o ex-deputado federal Marcelo Ramos também recebeu a carteira suplementar da Ordem das mãos de Simonetti e da presidente da OAB-DF em exercício, Lenda Tariana. Ramos realçou nunca ter se desligado completamente da advocacia. “Mesmo nesse período em que eu estive incompatível, mantive a minha OAB ativa, uma militância na advocacia. Agora, retomo como uma inscrição suplementar aqui no Distrito Federal e tenho a honra de recebê-la no mesmo momento em que o ministro Lewandowski retorna também a essa função tão nobre de defesa da democracia e do Estado de Direito”, afirmou.

 

Com informações da OAB Nacional

Leia mais

Excesso de prazo na prisão preventiva não se aplica após condenação pelo Júri, fixa STF em caso do Amazonas

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC 258335), interposto pela Defensoria Pública da União em favor de...

TJAM fará escolha de dois novos desembargadores na sessão do Pleno de terça-feira (1.º/07)

Os desembargadores que compõem o Tribunal de Justiça do Amazonas farão a escolha de dois novos membros na próxima sessão plenária, a ser realizada...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Contas de luz permanecem com bandeira tarifária vermelha em julho

A bandeira tarifária para o mês de julho permanece vermelha patamar 1, a mesma sinalização que ocorreu em junho. Com...

PSOL pede para STF suspender decisão que derrubou decreto do IOF

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) entrou nesta sexta-feira (27) com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal...

Excesso de prazo na prisão preventiva não se aplica após condenação pelo Júri, fixa STF em caso do Amazonas

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC 258335), interposto pela Defensoria Pública...

Lei que cria CNH gratuita para população de baixa renda é sancionada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (27), um projeto de lei que permite que recursos...