Depois de se tornar vítima de um plano do PCC, organização criminosa que planejou matá-lo, o que foi evitado pela Polícia Federal, o Senador Sérgio Moro pediu publicamente, que o presidente Lula se redima dos efeitos de sua declaração em entrevista ao noticiário Poder, de que, quando esteve preso, por ordem do ex-juiz, somente lhe passava pela cabeça de que ‘somente iria ficar bem ao foder o Moro’. Para o Senador, a forma com que Lula possa se redimir de toda essa história é a de apoiar um projeto de lei que apresentou ao Senado.
Pelo projeto, Moro quer a criação de crimes específicos para punir atos de planejamento de atentados contra autoridades públicas. A proposta legislativa é uma resposta ao planejamento do seu assassinato e de outras autoridades que foram alvo da operação da Polícia Federal nesta semana. Embora as autoridades soubessem sobre o possível atentado, elas tiveram que esperar o crime começar para poder agir.
Apesar de já existir o crime de associação criminosa, na perspectiva de Moro, é necessário proteger forças tarefas e aumentar a segurança de magistrados, promotores e policiais envolvidos.
Moro quer que Lula apoie esse projeto de lei para punir quem planeja atentados contra autoridades como uma forma de se redimir da sua última declaração, quanto à vontade de vingança que disseminou nos meios de comunicação, disse o Senador. Se fosse uma fala de Bolsonaro, as reações teriam sido outras.
“Ele fez declarações que ferem a liturgia do cargo. Se tivesse sido o presidente anterior, ele tinha sido execrado com muito mais intensidade do que foi o presidente Lula”. Moro reclamou que esse tipo de ‘vontade’ externada, advinda de um presidente da República, finda por colocar o alvo em estado de vulnerabilidade.