O quebra-cabeça que investiga a morte da ex-Sinhazinha do Boi teve início na Operação Mandrágora

O quebra-cabeça que investiga a morte da ex-Sinhazinha do Boi teve início na Operação Mandrágora

A morte de Djidja Cardoso, falecida aos 32 anos, choca o Amazonas. Djidja era uma figura conhecida no Festival Folclórico de Parintins. O caso da ex-sinhazinha do Boi, como  está sendo investigado, integra uma investigação que envolve uma seita liderada por sua família, a “Pai, Mãe, Vida”.

Dias antes da morte de Dilemar Cardoso Carlos da Silva, a Polícia Civil do Amazonas investigava um grupo que era suspeito de distribuir um fármaco com origem em clínica veterinária, a ketamina.

Desta forma, os investigadores deram forma a Operação Mandrágora, iniciada há cerca de 40 dias, em que os principais suspeitos eram a mãe e o irmão da ex-Sinhazinha do Boi Garantido, que findou morta no último dia 28 de maio.

O nome da Operação é bíblico, e está relacionado à ideia de autoconhecimento que o uso da substância poderia proporcionar, segundo o divulgado pelos suspeitos. A Polícia Civil do Amazonas, através da Operação Mandrágora, prendeu Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, por forçar vítimas a abusar de ketamina em rituais, que incluíam estupro de vulnerável.

Segundo os investigadores, a mãe e o irmão de Djidja Cardoso, lideravam uma seita religiosa, denominada Pai, Mãe, Vida.  Ademar Cardoso, irmão de Djidja, era o líder da seita e acreditava ser Jesus, enquanto a mãe, Cleusimar Cardoso, acreditava que seria Maria.

Djidja Cardoso foi a óbito no último dia 28 de maio, com suspeita de ter sido induzida à overdose pelo irmão. Dentro do contexto informado pela Polícia, a vítima seria Maria Madalena e assim se inseriu na narrativa macabra. A vítima criava cobras de estimação, e há suspeitas de que os animais também estiveram contaminados pela cetamina.

Os integrantes da seita distribuíam a substância ketamina e a disseminavam, incentivando o  uso da droga de forma recreativa, com apoio dos funcionários do salão de Beleza Belle Femme.

 Os suspeitos tiveram contra si o decreto de prisão preventiva, em decisão assinada  pelo Juiz Glen Hudson Paulain, do Plantão Criminal. A prisão preventiva foi mantida em audiência de custódia, no Forum Henoch Reis, em Manaus. 

 

 

 

 

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