Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres disse no Twitter que os atos de invasão de prédios públicos por golpistas são “lamentáveis” e prometeu “providências imediatas para o restabelecimento da ordem”. Ele, porém, foi alvo de muitas críticas por causa dos incidentes deste domingo (8/1).
Após um fim de semana de intensa chegada de ônibus com manifestantes ao DF, uma horda deles furou o bloqueio da Polícia Militar montado na Esplanada dos Ministérios e avançou para invadir e depredar a sede de cada um dos três poderes da República na capital federal.
Primeiro, invadiram o Congresso Nacional, onde quebraram vidraças, ocuparam o prédio e destruíram estruturas. Na sequência, o alvo foi o Supremo Tribunal Federal, que teve o plenário vandalizado. Por fim, conseguiram entrar no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente da República.
A pergunta que fica no ar é: por que essa movimentação não foi contida antes de culminar nas cenas de ameaça ao Estado democrático de Direito em Brasília?.
A alguns metros do centro de ação dos golpistas, o ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Flávio Dino, escreveu no Twitter que “a absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer” e informou que o governo do DF prometeu reforços.
No entanto, os esforços do governo distrital (ou a falta deles) foram contestados por outros atores políticos. Líder do governo Lula no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que vai representar ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, um pedido de intervenção na segurança pública do DF.
A ideia é protocolar dois pedidos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF: a prorrogação dos inquéritos que investigam atos antidemocráticos em tramitação na corte e a retirada de Anderson Torres do cargo de secretário de Segurança Pública do DF.
Presidente do Senado, o Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou no Twitter que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e foi informado de que todos os esforços estavam sendo concentrados para direcionar o aparato policial em busca de controlar a situação caótica vivida em Brasília neste domingo. Com informações do Conjur