A maior parte das denúncias sobre assédio eleitoral envolve empresários bolsonaristas firmou o Ministério Público do Trabalho e estão no Estado de Minas Gerais. Para a Procuradoria do Trabalho é uma prática nefasta porque se utiliza da fragilidade do trabalhador que está sujeito a uma relação do poder privado e sujeito a uma relação de subsistência, acentuou Ana Cláudia Nascimento Gomes, procuradora do Trabalho em Belo Horizonte.
O Estado de Minas Gerais tem a agravante de ter se tornado palco de acirrada batalha pela preferência dos eleitores, com Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, disputando as 16 milhões de pessoas aptas a votar, além de ser o segundo maior colégio do pais.
Segundo a Procuradora, em termos nacionais, a sociedade está muito dividida e polarizada, e isso, obviamente entranha nas relações de trabalho, e torna Minas Gerais um estado com sobrecarga de assédio eleitoral, no país.
“A gente vê que o empresariado tem levado essa pressão para o trabalho se se o trabalhador fosse sua longa manus (executor de ordens) e não é. Não é porque é trabalhador e recebe salário que vende sua liberdade de consciência, que vende sua liberdade política, ele não é objeto de poder, ele é sujeito de direitos.
A Procurador afirma que, em geral, micro e pequenos empresários que vão desde odontólogos, farmácias, comércios, tem tentado se corrigir. O problema maior, segundo ela, tem ocorrido em grandes empresas, que preferem enfrentar o Ministério Púbico e o Judiciário.