Consumidor do Amazonas pode perder o aviso prévio de inspeção de energia pela concessionária

Consumidor do Amazonas pode perder o aviso prévio de inspeção de energia pela concessionária

O Supremo Tribunal Federal reiniciou o julgamento da ADI 4.914, debatendo um recurso de embargos de declaração interposto pela Abradee.

O pedido é que a ação seja julgada procedente, declarando a inconstitucionalidade de lei do Amazonas que obriga a Amazonas Energia a avisar previamente, no prazo antecedente de 48 horas, o consumidor de energia elétrica de qualquer inspeção técnica. 

De acordo com o voto do Ministro André Mendonça, relator da matéria, a concessionária de energia elétrica do Amazonas não precisará notificar os consumidores com, no mínimo, 48 horas de antecedência sobre a realização de inspeções, como atualmente previsto. 

Isso porque o termo “vistoria técnica”, conforme definido na lei, aplica-se exclusivamente ao procedimento de instalação dos serviços da concessionária local. 

Segundo o relator, a inspeção deve ser um elemento surpresa e, por isso, não necessita de aviso prévio. Trata-se de um ato da instrução, regido pelas normas da Agência Nacional de Energia Elétrica, com força de lei e fundamentado nos princípios da Administração Pública Federal.

Assim, a Lei Promulgada 83, que prevê o direito de aviso prévio sobre vistorias técnicas da concessionária do Amazonas, teria usurpado a competência da União, o que a torna inconstitucional.

Essa conclusão conta com o apoio da maioria dos ministros, que votaram a favor da posição defendida pela Abradee – Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica. 

Na atual circunstância,  prevalece o voto do Ministro André Mendonça, Relator da matéria, que se posicionou no sentido de que a concessionaria de energia elétrica do Amazonas deva se desobrigar de avisar com antecedência os consumidores do Estado sobre qualquer ‘inspeção’.

Isso porque o termo vistoria técnica, como expresso na lei é inconfundível, e somente se aplica ao primeiro contato da empresa com o usuário, por ocasião da instalação de equipamentos necessários ao fornecimento do produto essencial, e antes desse procedimento, não depois da instalação consumada. 

ADI 4914

Leia mais

Justiça em Coari: homem acusado injustamente de homicídio é inocentado

Isaac Nogueira Ferreira foi absolvido da acusação injusta de ter matado Francisco da Frota Filho no município de Coari, distante 373 quilômetros de Manaus....

TJAM convoca 120 candidatos para estágio em Direito

A Secretaria de Gestão de Pessoas divulgou o edital da 8.ª Convocação – SPED2024/02, da Seleção Pública para Estágio de Nível Superior em Direito...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Passageiro que teve mala extraviada deve ser indenizado por companhia aérea

A Justiça cearense concedeu a um passageiro que teve sua mala extraviada e os pertences perdidos, o direito de...

Motorista embriagado que provocou acidente de trânsito é condenado a 16 anos de prisão

Um homem acusado de provocar duas mortes no trânsito ao dirigir embriagado foi condenado em júri realizado na comarca...

Dino manda soltar empresário procurado pelo governo da Turquia

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (8) a soltura do empresário Mustafa Göktepe,...

Salão de beleza indenizará mulher após infecção causada por procedimento

A 26ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, em parte, decisão da 2ª...