Oadvogado-geral da União, Jorge Messias, e o secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), Valdecy Urquiza, assinaram, na sexta-feira (4/7), durante cerimônia em Lyon (França), uma declaração de intenções visando a cooperação entre as instituições para o enfrentamento do crime organizado, da lavagem de dinheiro e da corrupção.
“Trata-se de um esforço indispensável diante de um cenário em que o avanço das tecnologias amplia as frentes de atuação das organizações criminosas. Por isso, o enfrentamento desses crimes – incluindo os ambientais e os diversos tipos de tráfico – precisa ser internacional, como é a própria missão da Interpol”, disse o advogado-geral da União.
Para Messias, a cooperação internacional se torna indispensável para enfrentar crimes que ignoram fronteiras e ameaçam os pilares da democracia em escala global. “A assinatura desta declaração de intenções com a Interpol é mais uma ferramenta que demonstra a disposição da Advocacia-Geral da União (AGU) em contribuir ativamente para esse esforço global”, acrescentou.
Pelo acordo, as instituições se comprometem a promover treinamento técnico e compartilhar conhecimentos e melhores práticas para identificação, localização e recuperação de bens vinculados a crimes investigados ou processados nos países membros. Entre as medidas previstas, visando implementar a cooperação, está, ainda, previsão de ceder servidores da AGU para a Interpol.
Em seu discurso, durante reunião na sede da Interpol, Jorge Messias apresentou dados sobre o aumento na apreensão de drogas em todo o mundo, lembrou que somente em 2020 foram registrados cerca de 50 mil casos de tráfico de pessoas, em mais de 140 países; e que a lavagem de dinheiro continua a ser uma das engrenagens centrais desse sistema. Ele enfatizou, ainda, que a AGU tem uma atuação firme no combate ao crime organizado ambiental.
Na ocasião, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandoswki, entregou ao secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, a Ordem do Mérito do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que é uma condecoração concedida a pessoas ou entidades que prestaram serviços relevantes ao Ministério ou a órgãos a ele vinculados.
Durante toda a manhã, representantes da AGU e diretores da Interpol cumpriram uma agenda em comum. Participaram das reuniões, pelo Brasil, além dos ministros, o adjunto do Advogado-Geral da União, Paulo Ceo; e o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, João Henrique Bayão.
Pela Interpol, estiveram presentes: a diretora executiva de Assuntos Jurídicos pro tempore, Hala Rumeau-Maillot; o diretor executivo de Serviços Policiais pro tempore, Cyril Gout; o diretor executivo de Tecnologia e Inovação, Tariq Malik; o diretor de Recursos Humanos e representante do diretor Executivo de Gestão de Recursos; Peter Ambs; o diretor de Gabinete, Gustavo Souza; o assessor de Estratégia e Políticas, Quentin Nicaise e a diretora de Parcerias Estratégicas, Ying Wu.
Com informações da AGU