Motorista de Uber afastado por LGBTfobia tem pedido de reintegração negado pela Justiça

Motorista de Uber afastado por LGBTfobia tem pedido de reintegração negado pela Justiça

O juiz Alexandre Moron de Almeida, da 3ª Vara Cível de São Paulo, julgou improcedente a ação de um motorista da Uber que contestava sua exclusão da plataforma. O autor alegava que seu desligamento constituía ato ilícito e pleiteava indenização por danos morais e lucros cessantes.

O motorista relatou que aceitou uma viagem de duas travestis que, durante o trajeto, informaram que iriam buscar drogas. Próximo ao destino, uma delas desceu do veículo, e o motorista solicitou que a outra também saísse, pois não transportaria drogas. A passageira restante reagiu com insultos racistas e ameaçou denunciar o motorista à Uber, resultando em sua exclusão por alegações de LGBTfobia, alegou o autor. 

Na sentença, o juiz destacou que a rescisão da parceria pela Uber foi justificada por relatos de comportamento grosseiro e LGBTfóbico, respaldados por evidências apresentadas nos autos. Apesar da avaliação positiva geral do motorista (4.95), houve constatações de condutas que violavam as normas contratuais da empresa.

O magistrado reafirmou a autonomia privada na relação entre motoristas e provedores de aplicativos, destacando que não houve ato ilícito que justificasse indenização ou reincorporação do motorista. A decisão ressalta a liberdade das partes em decidir pela continuidade ou não do vínculo, mesmo de forma imotivada.

Procedimento Comum Cível • 1006148-94.2023.8.26.0554

Leia mais

TJAM investiga magistrado e servidores por paralisação injustificada de recurso

A Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas determinou a abertura de sindicância para apurar eventual responsabilidade funcional de um magistrado e quatro servidores pela paralisação...

Fachin nega HC e valida reconhecimento fotográfico em processo da chacina do Compaj

Decisão do Ministro Edson Fachin, do STF, inadmitiu o pedido no recurso ordinário em habeas corpus requerido pela defesa de Marcelo Frederico Laborda Júnior,...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Justiça do Trabalho condena farmácia por racismo contra funcionária

A Justiça do Trabalho condenou a rede de farmácias Drogasil ao pagamento de uma indenização por danos morais a...

Mauro Cid pede ao STF extinção da pena e devolução de passaporte

A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pediu nesta sexta-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal...

Bolsonaro pode ficar inelegível até 2060 após condenação

  O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ficar inelegível até 2060 em função da condenação na ação penal da trama golpista. Por...

STF valida aplicação da taxa Selic na correção de dívidas civis

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta sexta-feira (12/9), para confirmar a utilização da taxa Selic...