Desde a chegada ao Brasil, quando retornou dos Estados Unidos, o ex-ministro de Jair Bolsonaro se encontra cautelarmente preso, por ordem de Alexandre de Moraes, do STF, por omissões quanto aos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. A situação de Torres somente tende a piorar. Há uma intensa preocupação de bolsonaristas com as posições a serem adotadas por Torres, especialmente após o desligamento do advogado que defendia o ex-ministro e que é ligado a Flávio Bolsonaro. Bolsonaristas temem uma possível delação premiada de Torres.
A mulher de Torres declarou em conversas fechadas e que acabaram vazando, que o marido está com depressão e se sentindo abandonado, cm nervosismo acentuado, e o temor é o de que isso se transforme num fio sem casca ligado a uma corrente de volts elevado. A Federal está fechando o cerco contra Torres e acena com possibilidade de delação premiada. Isso nenhum bolsonarista quer.
Diligências da Federal caminham para a apuração de fatos que envolvem o bloqueio de estradas do Nordeste no dia do segundo turno das eleições, com fortes indícios de que houve um concurso de vontades entre os homens chaves da cúpula Bolsonarista, e aí se inclui Torres, em 2022, cuja finalidade seria a de sabotar o adversário petista.
Especificamente sobre Anderson Torres, a Federal acelera apuração sobre uma viagem de Anderson Torres à Bahia entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2022. As fortes suspeitas são as de que houve esforço dirigido para impedir que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação no 2º turno. Uma delação, com detalhes de outros episódios conexos não seria nada salutar para o bolsonarismo. Não há dúvida de que os reflexos negativos desse conteúdo, oficialmente revelados, tornem, em definitivo, a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.