Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milicia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar crimes são condutas que desde o ano de 2012 foram tipificadas no código penal brasileiro, visando conter ações criminosas desta natureza. No entanto, a ascensão das milícias no Rio de Janeiro é a cada mais alarmante e deixam autoridades em estado de alerta.
Estudo feito pelo Instituto Fogo Cruzado e pelo Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF) mostra que, em 16 anos, o crescimento de grupos de milicianos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi de 387%.
Milhões de moradores da região estão sob o controle de grupos armados, sejam milicianos ou traficantes. A milícia é a segunda nesta cifra, e alcança 1,7 milhão de adeptos. O estudo evidencia que o período de maior expansão da milícia carioca se deu a partir de 2017, coincidindo com as disputas entre o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital carioca.