Manaus (AM) – Em julgamento realizado na quarta-feira (7/5), no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, a 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus condenou Francisco Alberto Pachola de Lima, Alessandro Freire Naranjo, George Alan Garcia Dutra e Moisés Muniz Cavalcante por tentativa de homicídio qualificado contra Arnaldo Almeida Mitouso, então prefeito de Coari, e Sebastião Aires da Silva, motorista da prefeitura. O crime ocorreu em 5 de agosto de 2011, em Manaus.
Os réus foram sentenciados por duas tentativas de homicídio qualificado mediante promessa de pagamento. Francisco Pachola pegou 16 anos, sete meses e 14 dias de prisão; George Alan, 16 anos e seis meses; Moisés Cavalcante, 14 anos e três meses; e Alessandro Naranjo, 11 anos, dez meses e 14 dias. Todos cumprirão pena em regime fechado.
Três dos acusados – Pachola, Dutra e Cavalcante – foram julgados à revelia, por não comparecerem ao júri. Alessandro Naranjo prestou depoimento por videoconferência. Com a condenação, o juiz Diego Daniel Dal Bosco determinou a prisão imediata dos quatro, que passarão a ser considerados foragidos após a publicação do mandado no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
O julgamento foi conduzido pelo juiz Dal Bosco, com o promotor Marcelo Bitarães representando o Ministério Público. Os advogados Aguinaldo Gonçalves de Moura e João Carlos Pinto de Araújo atuaram nas defesas.
O crime
Segundo as investigações, em 2011, Francisco Alberto Pachola de Lima, secretário-adjunto de Obras de Coari, elaborou um plano para assassinar o então prefeito Arnaldo Mitouso, prometendo altos lucros com contratos municipais, já que com a morte da vítima, assumiria o vice-prefeito, Raílson Torres, cunhado de Pachola. Ele contou com José Francisco Mendonça Pereira, ex-segurança de Mitouso, que recrutou Francisco de Almeida (“Cabeça”) para organizar o crime. Almeida acionou George Alan Garcia Dutra, Moisés Muniz Cavalcante e Alessandro Freire Naranjo. No dia 5 de agosto de 2011, o grupo seguiu Mitouso em Manaus e, por volta das 23h, emparelhou o carro dele na Rua Torquato Tapajós, quando George Alan disparou seis tiros em direção ao prefeito. O motorista conseguiu frear e os criminosos fugiram, acreditando terem concluído o atentado.