Demora para liberação de carta de crédito após contemplação enseja reparação no Amazonas

Demora para liberação de carta de crédito após contemplação enseja reparação no Amazonas

A responsabilidade pela demora na liberação do valor de cartas de crédito foi tema enfrentado nos autos do processo 0601593-97.2018.8.04.0001 oriundos da 4ª. Vara Cível e de Acidentes de Trabalho de Manaus, em ação movida por E. P. da S. N contra o Banco Bradesco S.A.  A conclusão jurídica do Poder Judiciário, consistiu em que atribuir um período de tempo mais longo na entrega da carta de crédito, após sua contemplação em prol do beneficiado não poderia ser atribuída à circunstância de que houve omissão do Autor/contemplado no registro de dados pessoais. No caso, a instituição alegou que o prazo se tornou mais elástico pelo fato de que o contemplado no consórcio havia omitido o seu verdadeiro estado civil. A decisão consistiu em que houve falha na prestação dos serviços.

Para o julgado a instituição bancária não se desincumbiu do ônus de comprovar a existência de fatos impeditivos alegados em sua peça contestatória, notadamente a culpa pela demora na liberação dos valores das cartas de créditos após suas contemplações nas assembleias então realizadas.

“Ainda que a Apelante necessitasse de um prazo para resolver a situação envolvendo o estado civil do Apelado, não se justifica a demora de mais de um ano para liberação das cartas de crédito”, firmou a decisão ao reconhecer a falha da prestação dos serviços da entidade financeira. 

Na causa, especificamente, foi aplicada a teoria do risco do empreendimento. Significou que ao oferecer o consórcio a instituição já teria criado um risco para as pretensões do beneficiário, devendo responder por suas consequências danosas,  pois, quem se propóe a fornecer bens e serviços tem o dever de responder pelos fatos. 

Leia a acórdão

 

Leia mais

Plano de saúde reverte sentença que o condenou após impedir produção de prova por erro médico

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu anular uma sentença contra um plano de saúde por entender que houve...

Advogado é condenado a devolver valores retidos irregularmente e pagar danos morais a cliente em Manaus

A apropriação indevida de valores levantados judicialmente em nome do cliente, por advogado constituído para atuação na causa, configura infração ética, contratual e civil,...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Plano de saúde reverte sentença que o condenou após impedir produção de prova por erro médico

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu anular uma sentença contra um plano de...

Advogado é condenado a devolver valores retidos irregularmente e pagar danos morais a cliente em Manaus

A apropriação indevida de valores levantados judicialmente em nome do cliente, por advogado constituído para atuação na causa, configura...

Venda unilateral de imóvel de herança antes da partilha configura esbulho, reafirma TJAM

A alienação de bem indiviso integrante de espólio, realizada por apenas um herdeiro sem anuência dos demais e sem...

Justiça do Trabalho anula dispensa de trabalhador com deficiência por discriminação

Em votação unânime, a 2ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região considerou discriminatória a demissão de...