O CNJ-Conselho Nacional de Justiça tem em pauta para o próximo dia 28 de fevereiro o julgamento do juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Bretas é o responsável por processos da Operação Lava Jato no Rio. Cognominado de ‘o Moro do Rio de Janeiro’ o magistrado é suspeito de irregularidades praticadas nos processos que preside, especialmente de que tenha combinado estratégias com as partes antes da realização de audiências que apuraram ilícitos relativos à Lava Jato.
Bretas é conhecido por atuar de forma semelhante ao ex-juiz Sérgio Moro, motivo do apelido, e responde a representações contra sua pessoa no Conselho Nacional da Justiça. Uma das representações contra o magistrado traz a subscritura do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Paes diz ter sofrido perseguição de Bretas. Bretas é acusado por Paes de quebra da imparcialidade da jurisdição ao atuar em processos em que o prefeito é envolvido. Noutro giro, há contra o magistrado a apuração de fatos nos quais é envolvido em três delações premiadas em que réus também fazem relatos de irregularidades cometidas por Bretas, especialmente pelo fato do magistrado tentar conduzir essas delações, o que a lei veda.