Atraso em entrega de contêiner acaba em indenização por prejuízos a moradia e comércio

Atraso em entrega de contêiner acaba em indenização por prejuízos a moradia e comércio

A 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a condenação de uma empresa fornecedora de contêineres que atrasou a entrega de unidades contratadas para funcionar como moradia e ponto comercial. A decisão foi unânime e confirmou o entendimento de que o descumprimento do contrato gerou prejuízos materiais e morais aos clientes.

Devido ao atraso, os autores da ação pagaram dois meses de aluguel por um terreno que não puderam utilizar e deixaram de iniciar as atividades de uma lanchonete no local. A sentença da 1ª Vara da comarca de Barra Velha determinou o ressarcimento dos aluguéis pagos, a aplicação de multa contratual e o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15 mil.

A empresa recorreu e alegou que não havia cláusula no contrato com previsão de multa por atraso. No entanto, a relatora do caso destacou que, segundo o Código de Defesa do Consumidor, a penalidade é válida para garantir o equilíbrio contratual.

“Em análise das provas documentais, constata-se que o atraso na entrega dos contêineres, imprescindíveis à estruturação tanto da moradia quanto da lanchonete dos autores, impediu o início de suas atividades comerciais, ocasionando sérios prejuízos financeiros. De fato, sem a possibilidade de montar a estrutura física necessária e oferecer seus serviços, os autores deixaram de auferir rendimentos no período”, apontou a desembargadora.

O processo também demonstrou que o terreno foi alugado especificamente para receber os contêineres. Os magistrados da 3ª Câmara afastaram o argumento de que não houve dano moral, pois entenderam que a situação ultrapassou um simples aborrecimento. O comprometimento da moradia e da fonte de renda justificou, segundo o colegiado, a indenização fixada (Apelação n. 0302765-48.2016.8.24.0006).

Com informações do TJ-SC

Leia mais

Venda de ingressos para o Festival de Parintins/2026 é autorizada por decisão do TJAM

O Tribunal de Justiça do Amazonas autorizou, nesta quarta-feira (3/12), a retomada da venda de ingressos para o Festival Folclórico de Parintins/2026. A medida...

Tempo demais: imputar desmate a quem deixou a região há mais de 30 anos fere o nexo causal, decide Justiça

A responsabilidade civil ambiental, embora objetiva e regida pela teoria do risco integral, continua dependendo de um elemento indispensável: o nexo de causalidade. Sem...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

STF suspende leis municipais que autorizaram funcionamento de bets

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (3) a suspensão de leis municipais que...

Investigação do Banco Master deverá ficar no STF, decide Toffoli

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (3) que o avanço da investigação envolvendo...

Consumidor compra celular dobrável com defeito e empresa é condenada por danos morais e materiais

O 4ºJuizado EspecialCível da Comarca de Natal condenou uma multinacional fabricante de telefones celulares e smartphones ao pagamento de...

Contrato de empregado que continuou trabalhando após final de obra não é considerado temporário

A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN) reconheceu como por tempo indeterminado um suposto...