O Senador Sérgio Moro, quando de sua presença no Brazil Conference, citou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que afastou a credibilidade de uma operação da Polícia Federal que enfrentou um plano do PCC para atacar autoridades, dentre as quais o ex-juiz e atual senador da República. Moro disse ‘um grande risco colocar nas mãos do Executivo um poder de supervisão que eventualmente possa resultar numa espécie de censura’. Moro se posicionou no sentido de que o Governo quer combater as fake news, mas o presidente incorreu em desinformação ao equiparar a operação da polícia federal a uma ‘armação’.
O Senador crítica a possível criança de uma agência de regulação e colocou a público sua preocupação com o que denominou de ‘não haver nenhuma delimitação de como seria esse órgão’ e acusa o presidente de desinformação em ataques a sua pessoa.
Colocar uma espécie de mandato em branco é muito arriscado. Esse projeto deve ser debatido e muito melhorado, disse Moro. Em resposta, o Governo reagiu. O Ministro Vinícius de Carvalho, da CGU, ao enfrentar as afirmações do senador, afirmou que não se pode desprezar o que aconteceu no país em matéria de desinformação, de negação da ciência e de destruição de instituições. O ministro, embora não fizesse plena referência, colocou dentro do mesmo contexto, que o caso da fala de Lula seria pontual, bem diferente de uma estratégia concertada, institucionalizada, para acabar com a integridade das instituições.