A Polícia Federal tem combatido o acesso de criminosos a armamento legalizado, mas o trabalho é intenso, o que levou o órgão a novas operações e os federais têm se voltado contra irregularidades no registro de armas por colecionadores, caçadores e atiradores esportivas- CACs. Sete estados, ao menos, estão na mira dos federais nos últimos meses.
No dia de ontem, sexta feira, a federal prendeu quatro integrantes de uma quadrilha que fraudava o registro de CAC para obter armas e vendê-las ilegalmente. Os criminosos usavam as redes sociais para captar clientes. Na semana passada, outra operação apreendeu um arsenal, incluindo quatro fuzis, com um suspeito que teria obtido as armas por de CACs laranjas. Em julho foi preso um falso CAC que repassava armas para o Primeiro Comando da Capital paulista.
No desenvolvimento das operações da Polícia Federal contra os CACs, especialmente na atual, a Zona Cinza, houve o cumprimento de 37 mandados de busca e apreensão e 11 ordens de suspensão de atividades econômicas, atingindo clubes de tiros e lojas de armas em Pernambuco, Alagoas e São Paulo. Noutro giro, se evidenciou, também, que uma grande organização criminosa falsifica documentos de CACs, dando aparência legal tanto para o comércio, quanto para o porte ilegal de armas de fogo.