
A Polícia Civil começa a ouvir hoje (20), as testemunhas que possam levar à investigação alguma contribuição sobre os fatos de suposto racismo cometido contra o cantor Seu Jorge, durante um show, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Durante uma apresentação do cantor que ocorreu no último dia (14) em um clube gaúcho, Seu Jorge foi vítima de impropérios e injúrias. O cantor foi hostilizado e teria sofrido ataques racistas que vieram da plateia. As agressões começaram pouco antes do fim do espetáculo, quando o cantor chamou ao palco um músico adolescente, negro, tocador de cavaquinho.
Logo em seguida, seu Jorge fez uma breve fala contra a redução da maioridade penal, em que citou a morte de jovens pretos nas favelas. Logo após deixar o palco teriam se iniciado as agressões verbais, com impropérios de natureza racial, denominando o cantor de vagabundo, safado, macaco e outras expressões pejorativas.
Após o episódio, Seu Jorge informou que está ainda mais unido na luta contra o racismo, miséria, falta de oportunidades no Brasil que afeta os negros. Firmou que estará na luta denunciado e combatendo todo tipo de tipificação e respondendo á altura. Seu Jorge ainda não foi chamado para prestar informações nas investigações que são comandadas pela Delegada Andréa Mattos, titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI). Porém, como expressou a autoridade policial, a ideia é ouvir a todos.