Nome de série da Netflix, continua a operação da Polícia Federal “La Casa de Papel” que visa a desarticulação de uma organização criminosa responsável por implementar um esquema de pirâmide financeira em mais de oitenta países. A operação, deflagrada no dia de ontem, foi realizada em conjunto com a Receita Federal e a Agência Nacional de Mineração-ANP. Os fatos investigados revolvem ao ano de 2019, e o esquema criminoso esteve em curso e em pleno desenvolvimento até o momento da operação.
Segundo a Polícia Federal, a pirâmide financeira captou recursos de mais de 1,3 milhão de pessoas, e o prejuízo aos investidores é estimado em R$ 4.1 bilhões. O nome La Casa de Papel, que traz a lembrança da famosa série de televisão da Net Flix, tem fundamento em que alguns dos investigados são espanhóis e há evidências de que tenham articulado um plano para montar uma bilionária pirâmide financeira, com o seu próprio banco e a sua própria ‘casa da moeda’, fabricando dinheiro através de criptoativos próprios sem qualquer lastro financeiro.
Os investigados utilizavam as redes sociais, com marketing, reuniões por diversos estados e países, centenas de ‘team leaders’, arregimentados, além da estrutura e apoio de entidade religiosa pertencente a um deles, atuavam para captar recursos e, assim, gerir uma empresa que oferecia pacotes de investimentos/aportes financeiros, com promessa de ganhos diários em percentuais altíssimos, firmou em nota a Policia Federal.
A investigação teve início ainda em 2021, na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, com a autuação em flagrante delito de dois investigados, quando se deslocavam em direção à fronteira do Paraguai com escolta armada. Com a prisão foram encontrados esmeraldas avaliados em US$ 100 mil dólares, que estavam ocultas e não tinham origem legal, pois estavam amparadas em nota fiscal cancelada. As operações seguem.