Homem é condenado 14 anos de prisão pela prática de homicídio qualificado no Amazonas

Homem é condenado 14 anos de prisão pela prática de homicídio qualificado no Amazonas

O Conselho de Setença da Vara Única da Comarca de Guajará , no interior do Amazonas, condenou a 14 anos de prisão, em regime inicial fechado, Francisco da Silva Pinto, acusado de homicídio qualificado contra Raimundo Nonato Ermínio do Nascimento, crime ocorrido em 2008, naquele município.

A sessão de julgamento relativa à Ação Penal n.º 0000560-04.2013.8.04.4300, foi realizada no último dia 27 de junho e presidida pelo juiz de direito David Nicollas Vieira Lins, com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) sendo representado pelo promotor de justiça Vitor Rafael de Morais Honorato, e a defensora pública Gabriela Carvalho Falcão atuando na defesa do réu.

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 30 de junho de 2008, por volta de 15h30, Francisco da Silva Pinto e Raimundo Nonato Ermínio do Nascimento encontravam-se na casa de Francisco quando iniciaram um desentendimento, presenciada pelo avô do acusado, que pediu para ambos pararem de brigar.

No entanto, conforme a denúncia, Francisco perguntou a Raimundo se ele queria brigar mesmo. Este aproximou-se de Francisco e disse que não queria brigar, mas o acusado pegou uma faca de tratar peixe e desferiu um golpe contra a região abdominal da vítima.

Conforme os autos, Raimundo ainda conseguiu correr para a sala, mas foi alcançado pelo denunciado, que lhe desferiu outros golpes com a faca. Mesmo gravemente ferida, a vítima conseguiu sair da casa, em direção à sua canoa, mas Francisco continuou a correr atrás dela. Ao alcançar Raimundo próximo a um batelão que estava em terra voltou a esfaqueá-lo. Francisco foi visto fugindo numa canoa, acompanhado de seu avô e de sua companheira.

O Ministério Público sustentou a tese de consumação de homicídio qualificado (uso de meio cruel). A defesa, por sua vez, pediu o reconhecimento do homicídio privilegiado por violenta emoção, ou, ainda, na forma simples, sem o reconhecimento da qualificadora. Pugnou, ainda, pela consideração favorável das circunstâncias judiciais.

Após a instrução em plenário e a realização dos debates entre Ministério Público e Defesa, foi procedida a votação, com os jurados decidindo pela condenação de Francisco.

O magistrado aplicou a pena de 14 anos de reclusão que deverá sem cumprida em regime fechado. Francisco da Silva Pinto está foragido e não foi localizado para participar do julgamento. Com isso a citação para que participasse do júri foi feita por edital e, como não compareceu, o réu foi julgado a revelia.

Assim que terminou a sessão, o magistrado decretou a prisão preventiva de Francisco, que assim que for localizado pela autoridade policial poderá iniciar o cumprimento da pena.

Desclassificação

Em outro julgamento, do processo n.º 0000047-96.2014.8.04.4301, realizado também no ia 27 de junho, o Conselho de Sentença, a pedido do promotor de justiça, desclassificou a denúncia de homicídio contra o réu Manoel Martins de Alencar, para lesão corporal gravíssima, tendo a pena sendo estabelecida em quatro anos de prisão, pena esta que deverá ser cumprida em regime semiaberto.

Com informações do TJAM

Leia mais

Justiça condena Banco Itaú por cobrar tarifas não contratadas de consumidor no Amazonas

Sentença da 17ª Vara Cível de Manaus reconheceu prática abusiva e determinou devolução em dobro dos valores descontados, além de indenização por danos moraisA...

Plano de Saúde é condenado no Amazonas por negar cirurgia após nova lei obrigar cobertura

A recusa indevida ou injustificada da operadora de saúde, em autorizar cobertura financeira a que esteja legal ou contratualmente obrigada, configura hipótese de dano...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Mesmo negada, tentativa de desconsiderar empresa gera direito a honorários, decide STJ

O STJ considerou possível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios nos casos em que se nega o pedido...

Justiça condena Banco Itaú por cobrar tarifas não contratadas de consumidor no Amazonas

Sentença da 17ª Vara Cível de Manaus reconheceu prática abusiva e determinou devolução em dobro dos valores descontados, além...

Plano de Saúde é condenado no Amazonas por negar cirurgia após nova lei obrigar cobertura

A recusa indevida ou injustificada da operadora de saúde, em autorizar cobertura financeira a que esteja legal ou contratualmente...

Venda casada de seguro prestamista gera dano moral automático, fixa TJAM

A inclusão de seguro prestamista em contrato bancário sem a anuência expressa do consumidor configura prática abusiva e impõe,...