Bradesco é condenado por desconto de ‘Cesta Fácil Econômica’ sem contrato com cliente em Manaus

Bradesco é condenado por desconto de ‘Cesta Fácil Econômica’ sem contrato com cliente em Manaus

O Desembargador Paulo Lima ao julgar apelo do Bradesco contra sentença da Juíza Mônica Câmara, editou voto no qual se firmou que não tendo o correntista Jandervan Souza firmado contrato de abertura de conta bancária ou contrato específico que autorizasse os descontos à título de ‘Cesta Fácil Econômica’ ou, no mínimo, a incidência de concordância tácita quanto a esses débitos, seria relevante concluir que o consumidor deveras teve, no juízo apelado, o asseguramento de direito descrito no código de defesa do consumidor, impondo-se ao banco a devolução em dobro dos valores descontados e a determinação de pagamento por danos morais. 

A cobrança de remuneração pela prestação de serviços por parte das instituições financeiras  e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, deve estar prevista no contrato firmado entre a instituição e o cliente ou ter sido o respectivo serviço previamente autorizado ou solicitado pelo cliente ou pelo usuário. 

Sem a demonstração de que os serviços cobrados foram contratados, o desconto das tarifas, como no casa examinado, são ilegais, firmou o julgado, o impõe a repetição do indébito, ou seja, a determinação de que a instituição devolva os  valores descontados do cliente. 

O banco teria sustentado que houve legalidade, não assistindo razão ao autor. Mas, contrapôs o julgado que a mencionada legalidade apenas poderia ser demonstrada por meio de solicitação ou de autorização do cliente ou, ainda, mediante a apresentação do contrato de prestação dos serviços. 

A restituição ao cliente/autor foi determinada em dobro, por se reconhecer que a cobrança fora abusiva, porque não se cuidou, firmou a decisão, de erro justificável, pois, ciente de resolução e normas do Banco Central do Brasil, findou o banco em trazer prejuízos ao cliente, sendo assegurado danos de natureza material e moral. 

Leia mais

Falha na transparência: Justiça declara inválido cartão consignado do C6 e impõe indenização de R$ 5 mil

O Banco C6 foi condenado ao pagamento de R$ 5 mil em danos morais, além de restituir em dobro os valores descontados indevidamente da...

Consumidora recebe dezenas de chamadas diárias e Justiça condena empresa por abuso

O Juizado Especial Cível de Manaus condenou uma empresa de Telemarketing ao pagamento de R$ 4 mil em danos morais após reconhecer que a...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

HC a favor de Bolsonaro acusa falta de proporção entre violação de tornozeleira e prisão do ex-presidente

Habeas corpus impetrado em favor de Jair Messias Bolsonaro sustenta que a decisão que converteu a prisão domiciliar do...

Sem indício de abuso policial, justiça mantém prisão de Bolsonaro após tentativa de abrir tornozeleira

Em audiência de custódia realizada neste domingo (23) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro...

Prisão de Bolsonaro é mantida após audiência de custódia

Após audiência de custódia realizada no início da tarde deste domingo (23), a juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino...

Médico e advogados visitam Bolsonaro antes de audiência de custódia

Um médico e três advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram à Superintendência da Polícia Federal, na manhã...