Banco acusa empresa de pedir RJ para blindar patrimônio de empresário

Banco acusa empresa de pedir RJ para blindar patrimônio de empresário

Em uma petição apresentada no bojo do pedido de recuperação judicial do Grupo Handz — controlador de empresas como a Gocil, do ramo de segurança —, o Banco Safra sustentou que o empresário Washington Cinel tenta utilizar o instituto da recuperação para blindar seu patrimônio.

Banco afirma que RJ do Grupo Handz é para blindar patrimônio de Washington Cinel
Gocil Segurança

No documento, assinado pelo advogado Gabriel Orleans de Bragança, sócio da banca SOB Advogados, a instituição financeira disse que o pedido de recuperação judicial é marcado por “particularidades curiosas”.

O banco argumentou que é necessário verdadeiro esforço interpretativo por parte de credores e stakeholders para a compreensão da intrínseca e inafastável interligação entre segmentos opostos. O Grupo Handz alega que, apesar de atuar em segmentos muito diferentes uns dos outros — prestação de serviços de segurança, agronegócio e imobiliário (por meio da holding Maná) —, todas as áreas de negócio “operam em harmonia” e têm dependência mútua para a sobrevivência da companhia.

Um dos motivos do pedido de recuperação judicial foi a expansão das atividades agrícolas do grupo em uma fazenda no Maranhão cujos gastos excederam o planejado.

O Safra questionou a alegação e afirmou que o pedido de recuperação do grupo não passa de uma tentativa “pueril” de proteger o patrimônio do empresário Washington Cinel.

O banco questionou também o fato de o empresário contratar um empréstimo de R$ 510 milhões do Banco do Nordeste (BNB) no Maranhão alguns dias antes de entrar com pedido de recuperação judicial.

O Grupo Handz sustentou no pedido que tem dívida de R$ 1,76 bilhão. Por meio de nota, a empresa afirmou que dará sequência ao processo de recuperação judicial “com lisura e transparência, dialogando com os credores em respeito a todos os envolvidos”.

Processo 1136775-93.2023.8.26.0100

Com informações do Conjur

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