MPSP quer que influenciador pague indenização por defender criação de partido nazista

MPSP quer que influenciador pague indenização por defender criação de partido nazista

Fazer com que um influenciador digital pague indenização de R$ 4 milhões por dano social é o objetivo de uma ação civil pública ajuizada pelo MPSP nesta quinta-feira (21/3). Ao levar o caso ao Judiciário, o promotor Reynaldo Mapelli Júnior demonstrou que o homem defendeu a criação de um partido nazista no Brasil e o direito de ser antijudaico. O fato ocorreu em fevereiro de 2022 e foi registrado em vídeo durante a gravação de um podcast, quando o influenciador conversava com dois deputados federais.

Nos autos de inquérito instaurado para apurar o caso constam três pareceres, sendo um antropológico, um psicológico e outro socioassistencial. Esses dois últimos são de autoria do Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial (NAT) do Ministério Público. “Todos comprovaram, com sólida fundamentação técnica, a postura racista, o antissemitismo e o nazismo no comportamento do réu, bem como a necessidade de reprimenda, razão pela qual providências correspondentes deveriam ser adotadas pela Promotoria de Justiça de Direitos Humanos”, diz a petição inicial.

Para Mapelli Júnior, “a defesa da criação de um partido cuja ideologia é a própria antítese da construção histórica recente dos direitos humanos é incompatível com o texto constitucional”. O promotor assevera ainda que a conduta do influenciador viola as conquistas civilizatórias dos direitos humanos na sociedade brasileira. “O mesmo se diga em relação à defesa de ser antijudeu. Por esse motivo, tal discurso não afeta somente as vítimas diretas do nazismo, mas toda a sociedade brasileira”.

A indenização deve ser direcionada ao Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos.

Com informações do MPSP

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