Dois réus acusados pelo MPRS são condenados por matar homem por engano

Dois réus acusados pelo MPRS são condenados por matar homem por engano

Dois homens acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados nesta quinta-feira, dia 18 de janeiro, por matar Renato Gentil Silveira Leal, 36 anos, por engano em Caçapava do Sul. Um dos réus recebeu uma pena de 16 anos e 10 meses de prisão e o outro de 15 anos e quatro meses de reclusão.

Em plenário ocorrido no município da Região Central do Estado, a dupla foi condenada por homicídio qualificado: motivo torpe e mediante recurso que dificultou defesa da vítima. Também houve condenação pelos delitos de associação criminosa e corrupção de adolescente.

Os promotores de Justiça Gustavo Ritter e Fernando Mello Müller, que participou por meio do Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ), fizeram a acusação neste caso. Eles destacaram que um terceiro réu foi absolvido, mas a pedido do próprio MPRS. Além disso, todas as teses dos promotores foram acolhidas pelo Conselho de Sentença. Ao final do julgamento, familiares das vítimas – a maioria deles vestindo camisetas brancas com a foto de Leal – agradeceram ao Ministério Público, a Gustavo Ritter e a Fernando Muller pela atuação em plenário.

“A sessão de julgamento foi carregada de provas, mas também de emoção. Renato morreu sem saber porque estava morrendo. A família agora encontrou um pouco de paz na justa decisão da sociedade de Caçapava do Sul”, disse o promotor Fernando Müller.

O CRIME

Os dois condenados estão presos. O crime, ocorrido no dia 12 de março de 2021, em Caçapava do Sul, foi cometido pela dupla que é integrante de uma facção criminosa com atuação na região. A motivação foi desavença envolvendo tráfico de drogas, no entanto, os autores da execução confundiram a vítima com o verdadeiro alvo deles e acabaram matando Leal por engano. O MPRS segue atuando no caso e analisará a decisão com mais calma nos próximos dias para deliberar sobre eventual recurso. Também foi fixado valor mínimo de indenização em favor da família de Leal.

Com informações do MPRS

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