Por conduta antissocial, Life pedirá na Justiça a exclusão do casal de agressores do Condomínio

Por conduta antissocial, Life pedirá na Justiça a exclusão do casal de agressores do Condomínio

Por violação de regras de convivência e pela conduta antissocial e agressiva do último dia 18 de agosto, em que uma babá foi agredida por um policial civil e sua mulher nas dependências do Condomínio Life Ponta Negra, confusão que culminou com um disparo de arma de fogo que atingiu a panturrilha esquerda do advogado Ygor de Menezes Colares, houve o anúncio, pelo Condomínio de que será adotada medida judicial que consistirá num pedido de exclusão do casal agressor da unidade residencial da qual são proprietários no Condomínio.  

Em nota o Condomínio informa que ‘em virtude do comportamento agressivo e antissocial dos condôminos agressores, não resta outra alternativa a não ser se socorrer do poder judiciário para que os moradores agressores sejam liminarmente afastados do convívio social no âmbito do condomínio até decisão judicial definitiva’. O Condomínio também informa que há uma assembleia agendada para esse fim para o dia 31. 08.2023.

Decisões judiciais que acolham pedido de exclusão de condômino – afastamento da unidade residencial- são raras ante a falta de expressa previsão legal quanto a essa possibilidade. Mas não são impossíveis. Conforme disposição do Código Civil, o condomínio deve usar de multas para o condômino infrator do convívio social. Prevê-se, também, o uso de reforço da multa para esses casos. Porém, alguns ignoram medidas de convívio e pagam essas multas, mantendo-se no direito de propriedade, de posse e de uso. 

Não se pode ignorar a possibilidade de que a propriedade deve cumprir sua função social e o direito coletivo se sobrepõe ao direito individual. Se o morador é recalcitrante em condutas graves que ofendem a convivência social, a Justiça, em decisões não comuns tem colecionado, com raridade jurídica, sentenças que determinam a exclusão do condomínio com base em conduta antissocial. 

Sendo acolhida a tese da conduta antissocial e de que as multas não foram suficientes para dar contornos aos problemas que pedem solução ao Judiciário, inclusive, para a pacificação de conflitos sociais, pode ocorrer a concessão da exclusão pedida. São casos de desavenças contínuas entre moradores  que a multa não conseguiu resolver e que podem autorizar a retirada do morador antissocial do condomínio, sem que, evidentemente, venha a perder o direito de propriedade, perdendo tão somente o direito de uso do imóvel. 

No caso concreto o casal se encontra preso preventivamente, com a prova da existência dos abusos, das condutas antissociais e dos crimes cometidos nas dependências do Life, com relatos anteriores e com registros que constaram no próprio condomínio. Caso de desrespeito às regras da coletividade  e a incompatibilidade de convivência com os demais moradores é o que o condomínio pretende demonstrar na ação civil de exclusão. 

 

 

 

Leia mais

Não compete à Justiça Federal julgar ação contra a Samsung, decide Juizado no AM

O autor ajuizou ação perante a Justiça Federal, pleiteando reparação por danos causados por produto da Samsung, mas teve o pedido extinto sem resolução...

Servidor garante direito à execução individual de crédito por ação coletiva no Amazonas

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu, por unanimidade, manter válida a execução individual de um servidor aposentado do...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Não compete à Justiça Federal julgar ação contra a Samsung, decide Juizado no AM

O autor ajuizou ação perante a Justiça Federal, pleiteando reparação por danos causados por produto da Samsung, mas teve...

Servidor garante direito à execução individual de crédito por ação coletiva no Amazonas

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu, por unanimidade, manter válida a execução individual...

TRF1 fixa ser o IBGE o órgão que define quais municípios recebem royalties de petróleo

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou o pedido do município de Guararema (SP) para suspender os...

Muro desaba sobre inquilina durante festa e Justiça determina indenização de R$ 25 mil no TJSP

A 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou sentença que reconheceu a responsabilidade...